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Economia
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 07:30
Por: Juiliana Scardua

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O Banco do Brasil (BB) vai flexibilizar as exigências de garantias e prorrogará até 100% das dívidas individuais de custeio e investimentos se os produtores rurais retirem da Justiça as ações civis públicas protocoladas contra o agente financeiro. O acordo foi selado ontem, durante reunião na superintendência do BB em Cuiabá entre lideranças rurais e o diretor de Agronegócios, Derci Alcântara. Um conselho formado pelo banco, sindicatos rurais e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) foi criado para analisar caso a caso os pedidos de reescalonamento feitos pelos agricultores.

As assessorias jurídicas do BB, Famato e Associação de Produtores de Soja (Aprosoja) se reunirão na sexta-feira da próxima semana (11) para discutir a retirada das ações, que será feita individualmente pelos produtores. Dez sindicatos recorreram à Justiça para barrar principalmente a inclusão dos produtores no Cadastro de Inadimplentes (Cadin) pelo agente financeiro. Os municípios são os de Sinop, Sorriso, Sapezal, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Nova Mutum, Comodoro, Campos de Júlio, Campo Novo do Parecis e Alto Araguaia.

O resultado do encontro foi resumido como um "toma lá, dá cá" pelo BB. No acordo ficou decidido que o banco formatará um documento para que os produtores encaminhem o pedido à Justiça após a renegociação consolidada. A assessora jurídica da Famato, Elizete Araújo, explica que a extinção direta das ações pelo sindicato é inviável pois depende de parecer favorável do Ministério Público pelo fato desse tipo de processo se propor à defesa do interesse coletivo.

"Na época em que as ações foram protocoladas não se via a possibilidade de prorrogação das dívidas. Agora o objetivo dos processos de certa forma foi perdido e os produtores estão dispostos a recuar mediante esse comprometimento de que as prorrogações cheguem a até 100%". Uma carta contendo o resultado da reunião será encaminhada hoje às agências do BB no Estado e aos sindicatos rurais. Os pedidos de prorrogação junto ao BB somam R$ 1,117 bilhões, 92,31% do bolo da inadimplência de R$ 1,210 bilhão.




Fonte: A Gazeta

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