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Sábado - 09 de Fevereiro de 2013 às 07:17
Por: RODRIGO VARGAS

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Empresa faz parte dos consórcios para construção da Arena Pantanal e também do VLT
Empresa faz parte dos consórcios para construção da Arena Pantanal e também do VLT
Integrante dos consórcios responsáveis pelas duas principais obras da Copa de 2014 em Mato Grosso, a construtora Santa Bárbara acumula dívidas trabalhistas, fiscais, bancárias e com mais de cinco mil fornecedores de bens e serviços.

O detalhamento da grave crise financeira está publicado na página oficial da construtora, que, diante do risco de falência, ingressou em outubro do ano passado com um pedido de recuperação judicial.

A soma das dívidas admitidas oficialmente pela empresa chega a quase R$ 270 milhões. A maior parte, segundo a documentação, se refere a contratos de financiamentos bancários, que correspondem a 65% do montante.

Ontem, no portal UOL, a situação da Santa Bárbara foi tema de uma reportagem que abordou o risco de prejuízos ao andamento das obras contratadas pela Secopa.

No caso da Arena Pantanal, que oficialmente está com 62% de conclusão (37%, segundo perícia do TCE até dezembro), a empresa lidera um consórcio juntamente com a construtora Mendes Júnior.

A Santa Bárbara participa também do consórcio VLT Cuiabá, liderado pela C.R. Almeida e do qual participam a CAF Brasil, Magna e Astep. Juntas, as duas obras têm orçamento superior a R$ 2 bilhões.

Por telefone ao DIÁRIO, a administradora judicial Cecília Elizabeth Porto Moreno, designada para coordenar o trabalho de perícia nas contas da construtora, disse ser "prematura" uma avaliação de risco.

"A recuperação judicial ainda não foi aceita. Em caso positivo, o cenário muda e a empresa consegue seguir adiante. Se o juiz não conceder, porém, restará pouco a fazer e a empresa terá de sair desses contratos", declarou.

Ela disse que, diante da repercussão do caso, pediu à empresa um "posicionamento por escrito" a respeito das obras contratadas pelo governo de Mato Grosso.

ATRASO - Um relatório analítico divulgado nesta semana pelo TCE relatou que, em dezembro passado, a obra da Arena Pantanal teve de sofrer “medidas saneadoras” como a substituição da equipe gerenciadora do contrato. O avanço da obra, porém, continuou aquém do necessário.

Procurado, o secretário Maurício Guimarães (Secopa) disse, por meio de sua assessoria, que o ritmo da obra em 2012 foi uma “decisão do governo”, sem teve relação com a crise na Santa Bárbara.

Guimarães disse ainda que não iria comentar “especulações” e que, até o momento, o consórcio vem cumprindo o estabelecido em contrato.




Fonte: Do DC

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