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Polícia Brasil
Quarta - 26 de Julho de 2006 às 06:58
Por: Patricia Neves

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Mais dois assassinatos foram registrados em Cuiabá durante a noite de segunda-feira. No bairro Pedra 90, uma pessoa foi executada com tiros na cabeça e outra atingida com três tiros. Flávio Moisés Siqueira, 26, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O amigo dele, Silvano José, 28, levou dois tiros nas costas e um na cabeça, mas sobreviveu e se encontra internado no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).

Segundo Silvano, ele estava na casa de Flávio assistindo televisão no quarto do amigo quando ouviram um barulho que vinha do lado de fora da casa. Flávio, curioso, deixou o local e foi até a frente da casa para saber o que estava acontecendo. Logo em seguida, diz Silvano, ele ouviu dois disparos.

Apesar de estar assustado, ele saiu do quarto e foi até a sala da casa. Lá se deparou com a seguinte cena: o amigo em meio a uma poça de sangue sendo observado por dois homens. Um dos criminosos, que ele identificou como sendo "Jeanzinho do Pedra 90", estava armado com um revólver calibre 38. Ao perceberem que tinham sido flagrados, passaram a atirar contra a testemunha do assassinato.

Atingido, Silvano perdeu os sentidos e desmaiou. Os bandidos, possivelmente, imaginaram que ele tivesse morrido e foram embora. O sobrevivente foi encontrado por familiares e encaminhado para o PSMC, onde foi submetido a intervenção cirúrgica para retirada dos projéteis. Ele irá ajudar a Polícia Civil a identificar os assassinos. O sobrevivente declarou ainda que "Jeanzinho" é muito conhecido na região porque pratica diversos assaltos e é tido como um homem violento.

Outra morte violenta aconteceu no "Beco do Candeeiro" no centro histórico da capital mato-grossense. O andarilho Érick Fernandes, 19, teve a cabeça esmagada a golpes de pauladas e pedradas por um outro morador de rua, identificado apenas pelo apelido de "Maranhão".

Uma testemunha declarou que os dois discutiram pouco antes do assassinato por um motivo banal. Uma andarilha de 20 anos, que presenciou o crime, chegou a ser detida pela Polícia Militar porque existiam suspeitas de que ela também tivesse participado da ação. Levada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ela prestou depoimento, mas na condição de testemunha.

O "Beco do Candeeiro" já foi palco de outro assassinato de andarilhos em 2006. O local ficou nacionalmente conhecido porque há oito anos, três adolescentes (todos fugitivos de casa) foram mortos a tiros. Até hoje as famílias das vítimas cobram providências e nunca se chegou aos mandantes da morte.




Fonte: A Gazeta

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