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Meio Ambiente
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 08:04

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Testes de DNA mostraram que o primeiro imperador da China empregou um estrangeiro na construção de seu mausoléu, que abriga os guerreiros de terracota de Xian, em uma prova do contato entre a Ásia Central e Oriental há 2,2 mil anos, relatou a imprensa estatal nesta quarta-feira.

Qin Shi Huang foi o primeiro imperador da China unificada. Ele construiu a primeira Grande Muralha e edificou um mausoléu gigante para si mesmo, nas cercanias da cidade de Xian, no noroeste do país, guardado por um exército estimado em 8 mil soldados e cavalos de terracota.

Os cientistas tiraram 15 amostras de DNA dos restos mortais encontrados na tumba de operários e descobriram que uma delas pertencia a um homem europeu que morreu com cerca de 20 anos, disse a agência de notícias Xinhua.

"Uma amostra tem características típicas de DNA que pertencem comumente aos parsis, da Índia e do Paquistão, aos curdos do Turcomenistão e aos persas do Irã", disse Tan Jingze, antropólogo da Universidade Funda, à Xinhua.

O homem pode ter sido um nômade, capturado enquanto trabalhava no norte e enviado ao sul para trabalhar na sepultura, que empregou 700 mil homens em sua construção. "A descoberta prova que o povo na Ásia oriental tinha contato, naquela época, com aqueles que, hoje em dia, habitam a porção central do continente asiático", disse a Xinhua.

Os cientistas pensavam que intercâmbios entre as duas regiões começaram durante a dinastia Han (de 206 a.C. a 220 d.C.), e a prova de DNA oferece evidência de que algum contato havia sido feito já no começo da dinastia Han.





Fonte: Reuters

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