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Internacional
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 07:59

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Aeronaves israelenses atacaram uma ponte na região central da faixa de Gaza ontem, enquanto tropas preparam uma incursão militar no território palestino, informaram testemunhas palestinas e uma rádio de Israel.

O governo israelense anunciou que está planejando uma ofensiva para resgatar um soldado seqüestrado por extremistas palestinos na fronteira de Gaza no domingo (25).

A ponte, perto da aldeia de Al Mughraka, fica em uma das principais vias que ligam o norte ao sul da faixa de Gaza.

O Exército israelense continua enviando à fronteira com Gaza tropas blindadas que serão utilizadas em uma operação militar iminente, caso o soldado capturado por extremistas palestinos não seja entregue são e salvo.

Forças da segurança palestina declararam que tanques israelenses estavam se movimentando perto do kibutz de Nachal Oz, mas que as tropas ainda não haviam entrado no território palestino.

Um porta-voz militar disse que tanques, veículos blindados e baterias de artilharia foram mobilizados em vários pontos ao longo da fronteira com a faixa de Gaza. Eles esperam apenas "a decisão do governo para entrar".

"Nós estamos preparados, mas a decisão é do primeiro-ministro e do ministro da Defesa", afirmou o porta-voz, no principal ponto onde as tropas aguardam, em um arenoso campo de cultivo do kibutz Nachal Oz.

A região de fronteira viveu ontem uma constante movimentação de veículos militares e de soldados enviados em ônibus de várias partes do país. Em Nachal Oz, a sudeste da faixa de Gaza, cerca de cem veículos blindados esperam as ordens de seus comandantes, enquanto soldados repousam à sombra das árvores.

Israel retirou suas forças militares e colonos de assentamentos na faixa de Gaza no ano passado, após 38 anos de ocupação.

FRACASSO

Os esforço de negociadores egípcios e franceses que tentam fazer a intermediação para a libertação do soldado israelense seqüestrado não obteve êxito, informou ontem uma emissora de televisão de Israel.

Citando uma fonte próxima aos representantes estrangeiros, o Canal 2 disse que a chance de recuperar o militar Gilad Shalit por meio de negociação era "nula", aumentando a possibilidade de uma incursão de Israel na faixa de Gaza.

Um dos principais mediadores do conflito israelo-palestino durante mais de cinco anos, o Egito vem tentando acalmar a crise iniciada com o seqüestro de Shalit no domingo (25). O refém também possui a cidadania francesa, o que levou Paris a entrar nas negociações.

SEGURANÇA DO REFÉM

O porta-voz de um grupo extremista palestino afirmou ontem que o soldado israelense seqüestrado no domingo (25) está sendo mantido em um local seguro, no primeiro pronunciamento dos seqüestradores durante as primeiras 48 horas de cativeiro. O seqüestro de Shalit foi a primeira ação palestina contra um soldado israelense em 12 anos.

O soldado foi seqüestrado em um posto militar de Israel localizado perto de Kerem Shalom, na região da fronteira com Gaza, em uma ação que matou outros dois soldados israelenses. Dois extremistas palestinos também morreram na ação e outros quatro soldados israelenses ficaram feridos.

MORTE

Uma fortíssima explosão ontem destruiu um veículo que passava nas proximidades da casa do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, matando um membro do grupo terrorista e partido político Hamas, além de ferir dois pedestres.

A explosão lançou pedaços de corpo humano a mais de 200 metros de distância. Oficiais da segurança palestina identificaram a vítima como um rapaz de 21 anos membro do Hamas.

Israel havia ameaçado lançar uma ofensiva contra Gaza a fim de recuperar um soldado israelense seqüestrado no último domingo.

Informações de testemunhas dão conta que o veículo foi atingido por um ataque aéreo de Israel, que negou responsabilidade na explosão.





Fonte: Folhapress

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