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Politica Brasil
Terça - 30 de Maio de 2006 às 15:51

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O PT deverá consolidar amanhã a aliança com o PSB em torno da candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os presidentes nacionais dos dois partidos --Ricardo Berzoini (PT) e Eduardo Campos (PSB)-- se encontram em Brasília para os últimos acertos.

A reunião também terá a presença do presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo. O PC do B já fechou com Lula.

O acordo para a coligação prevê a edição de uma nova Carta ao Povo Brasileiro. O documento foi decisivo para Lula conseguir o apoio do empresariado nas eleições de 2002.

A proposta de repetir a dose partiu do PSB que deseja ver no papel o compromisso de Lula com mudanças nos rumos da economia num eventual segundo mandato. Conforme o deputado Eduardo Campos, o governo Lula preparou o caminho para que nos próximos quatro anos "seja possível ousar mais", promovendo reformas importantes como a tributária e uma "agenda de desenvolvimento mais pesada".

"Nós vamos começar a discutir amanhã o discurso da campanha, qual a base, os compromissos para o futuro governo do presidente Lula e mostrar porque é importante que ele tenha um novo mandato", revelou Campos. "Nós construímos nos últimos três anos e meio uma transição que permite hoje, mantido o respeito aos contratos, a responsabilidade fiscal, se viver um ciclo de crescimento econômico, de desenvolvimento mais arrojado", complementou.

Apoios

Além do compromisso com mudanças na economia, a aliança com o PSB também depende de o PT abrir mão de lançar candidatos em alguns Estados para apoiar nomes do partido. Eduardo Campos disse que está confiante de que tudo será resolvido. "Acho que vai ser possível [a aliança]. É só uma questão de ouvir o partido", disse ele referindo-se ao PSB. Os socialistas de São Paulo, por exemplo, são contrários à aliança formal com Lula.

Segundo Campos, para que os obstáculos sejam superados depende mais do PT do que do PSB. "A decisão nos Estados tem que priorizar os projetos nacionais e tudo começa com o partido do presidente", ponderou.

Os socialistas não gostaram, por exemplo, de o PT ter fechado uma aliança em torno do senador Maguito Vilela (PMDB) para o governo de Goiás. O partido lançou o deputado federal Barbosa Neto, que tem o apoio de uma frente de esquerda, menos o PT.

Em Santa Catarina, a direção nacional do PT trabalha para apoiar o governador Luiz Henrique (PMDB) e para isso tenta levar o apoio também do PSB. O problema é que os petistas não conseguiram convencer ainda o ex-ministro José Fritsch a desistir da disputa. "Se a posição é tirar [as candidaturas] o PT tem que fazer o serviço na frente", argumentou Campos.





Fonte: Olhar Direto

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