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Internacional
Domingo - 28 de Maio de 2006 às 08:37

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Aviões de Israel feriram pelo menos nove pessoas ao atacar hoje dois campos de treinamento no Líbano em reação ao disparo de quatro foguetes Katyusha, os primeiros desde fevereiro, que deixaram dois soldados israelenses feridos O Exército israelense estava em alerta desde a morte, na sexta-feira, do dirigente da Jihad Islâmica Mahmoud Majzoub e de seu irmão Nidal na explosão de uma bomba no carro em que estavam na cidade libanesa de Sidon.

Líderes libaneses e palestinos culparam Israel pelo ataque contra o líder, que sobrevivera a outra tentativa de assassinato anos antes. A organização Jihad Islâmica anunciou sua intenção de responder à morte com uma agressão a Israel.

Milicianos palestinos na Faixa de Gaza lançaram esta manhã um foguete Qassam contra Israel.

As autoridades governamentais israelenses não assumiram a autoria da morte de Majzoub. Fontes militares de Israel, citadas hoje pelo jornal israelense "Yediot Aharanot", negaram a participação do país no atentado.

Um porta-voz do Exército israelense informou à Efe que suas forças militares atacaram um alvo na localidade de Naama, ao sul de Beirute, e outro na localidade de Sultan Yacoub, no vale de Beka, no leste do Líbano e perto da fronteira com a Síria.

"Os dois alvos são campos de treinamento de organizações terroristas palestinas", disse.

O porta-voz afirmou que o Exército suspeita que os responsáveis da agressão desta manhã contra Israel sejam grupos palestinos.

Afirmou também que "o Estado de Israel vê o Governo libanês como responsável por qualquer ataque terrorista procedente do Líbano e atuará no território de onde vier qualquer ataque terrorista".

O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, convocou o Governo libanês a assumir o controle militar do sul do Líbano, onde estão postadas as milícias do movimento xiita-libanês Hisbolá.

Um dirigente militar israelense citado pela rádio disse que "Israel não quer uma escalada (militar), mas enviar uma mensagem ao Governo libanês".

O oficial, que não quis se identificar, disse ainda que o ataque marca o 6º aniversário da retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, onde permaneceram por 20 anos.

Fontes militares citadas pela edição eletrônica do jornal "Ha''aretz" indicaram que o Exército israelense atacou instalações da Jihad Islâmica no Líbano. A rede catariana de televisão por satélite "Al Jazira" ressaltou que se trata de bases do Comando Geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina, de Ahmed Jibril.

No ataque desta manhã, os foguetes atingiram uma base militar situada no monte Meron, de 1.208 metros e a 8 quilômetros da fronteira com o Líbano. Os mísseis feriram levemente nove soldados.

No último lançamento de foguetes do Líbano contra Israel, em fevereiro, não houve feridos, mas foram resgistrados importantes estragos em casas da localidade israelense de Kiryat Shmona.

Até o momento e desde a retirada do Exército israelense do sul do Líbano, em maio de 2000, a maioria dos atos de violência do Líbano foi protagonizada pelo Hisbolá. O grupo reivindica as Fazendas de Sheba, ocupadas por Israel, como território libanês apesar de, segundo a arbitragem internacional, fazerem parte da Síria.





Fonte: EFE

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