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Economia
Quarta - 24 de Maio de 2006 às 10:31

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SÃO PAULO - A volatilidade continua se mostrando forte na manhã desta quarta-feira. As bolsas européias registram queda acentuada, devolvendo a alta da véspera. Além dos temores em relação aos juros e à inflação nos Estados Unidos, os investidores resgataram pela manhã até mesmo a apreensão com a gripe aviária como justificativa para as oscilações de preço. E nada indica que o estado de prontidão dos investidores globais será suspenso.

Nesta quarta, dados importantes, como os de vendas de imóveis, bens duráveis e estoques de petróleo serão divulgados nos Estados Unidos e serão avaliados com atenção especial, uma vez que as incertezas em relação à tendência para os mercados e para a economia global se agravaram nos últimos dias. Independentemente de virem bons ou ruins, contudo, os números não devem definir o cenário, pois dados mais relevantes sobre a economia americana, como o Produto Interno Bruto (PIB) e, especialmente, o PCE (inflação), ainda saem, respectivamente, amanhã e sexta.

No Brasil, os mercados, que terça-feira à tarde devolveram toda a melhora da manhã, devem continuar expostos à volatilidade externa. A Bovespa está à beira de atingir R$ 1 bi de saldo negativo de capital externo no mês. A agenda também é rica em eventos domésticos, como as contas do Tesouro e a pesquisa CNT-Sensus, mas os outros eventos são de fora.

Volatilidade máxima A volatilidade prossegue no mercado internacional, com os investidores citando uma gama vasta de motivos para manterem as rotações drásticas dos ativos. Pela manhã, o mercado incorporou mais uma preocupação: a possibilidade de o vírus da gripe aviária ter sofrido uma mutação que facilite a transmissão entre humanos, após seis pessoas de uma mesma família morrerem na Indonésia.

A piora de Wall Street no final da tarde da última terça e a cautela em relação aos dados que serão divulgados nos Estados Unidos são outros fatores que colocam o mercado em rota instável para o dia. Informações do exército de Israel de que o Irã testou míssil de longa distância e uma suposta ameaça terrorista contra alvos norte-americanos no Japão também são assuntos que elevam o nervosismo.

Futuros de NY retraídos com expectativa para dados americanos - O S&P 500 operava perto da estabilidade, com ligeira alta 0,02%, às 8h29. O Nasdaq 100 futuro caía 0,22%. Na terça, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,24%, enquanto o Nasdaq completou dez de onze sessões em queda, fechando em baixa de 0,65%.

Pressões fortes de vendas na Europa As bolsas européias, que fecharam antes da piora de terça-feira em Wall Street, operam em baixa acentuada na manhã desta quarta. Por volta das 9 horas, em Londres, o FTSE-100 cedia 1,81%, enquanto o Xetra-DAX, de Frankfurt, perdia 1,93%. As ações das mineradoras exageravam a queda, com a BHP cedendo 4,3%, enquanto a Antofagasta perdia 3,8%, em Londres.

Dólar perde ganhos Após os ganhos do início da manhã, o dólar voltou a ceder ante o euro e o iene. A moeda iniciou o dia em alta, beneficiada pela busca por ativos de qualidade mais segura, após a recente queda dos mercados emergentes na última terça, a preocupação sobre a gripe aviária e geopolíticas. Mas a moeda voltou a recuar, com o foco se voltando para os fundamentos econômicos. No mesmo horário, o euro subia 0,56%, para US$ 1,2853. O dólar cedia 0,21%, para 111,92 ienes.





Fonte: AE

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