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Economia
Domingo - 20 de Janeiro de 2013 às 01:22

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A reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e a General Motors (GM) sobre as supostas 1.500 demissões na fábrica de São José dos Campos terminou sem acordo e uma nova discussão deve ocorrer no próximo dia 23 de janeiro, de acordo com informações da montadora.

Segundo a GM, a reunião, que ocorreu no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) durou cerca de 4 horas. A GM afirmou que além da reunião do dia 23 de janeiro, possivelmente outra reunião será realizada no dia 26 de janeiro, quando termina o lay-off (contrato de trabalho suspensos) de 824 funcionários.

Segundo a assessoria de imprensa da GM, houve uma evolução nas discussões, mas a montadora espera que o sindicato apresente propostas mais concretas, dentro da flexibilização que a empresa está buscando. Além disso, a empresa informou que o excedente de mão de obra atualmente está em 1.588 funcionários, ante 1.840 anunciados no dia 4 de agosto do ano passado.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região afirmou que pretende pressionar a presidente Dilma Roussef para evitar as possíveis demissões. O sindicato afirmou ainda que vai atuar em três frentes, cobrando o governo federal, dando continuidade às negociações com a montadora e fortalecendoas mobilizações.

Além disso, o sindicato informou que está disposto a negociar questões como a adoção de uma nova grade salarial para a fábrica, desde que os empregos sejam mantidos.

Entenda

A GM deixou de produzir três dos quatros modelos que eram fabricados em São José dos Campos: Corsa Hatch, Meriva e Zafira, apenas foram mantidas as atividades em relação ao Classic. No entanto, a montadora anunciou a redução da produção do modelo para 80 unidades por dia, ante produção anterior de 350 veículos ao dia. A empresa, contudo, informou ter aumentado a produção da pick-up S10, no complexo industrial.

Em outubro, os metalúrgicos do complexo conseguiram prorrogar com a montadora, do final de novembro para o fim de janeiro, a suspensão de um plano de demissões na unidade. Com o acordo, o período de suspensão de contrato de trabalho de 824 trabalhadores da linha de montagem foi estendido de 30 de novembro para 26 de janeiro, mesmo prazo em que a montadora concordou em continuar produzindo o sedã compacto Classic na linha, onde cerca de 900 funcionários atuam. Segundo o sindicato, a GM planeja cortar, ao todo, 1.840 trabalhadores da linha, que fabricava modelos antigos que acabaram sendo substituídos por veículos mais novos que estão sendo produzidos em outras fábricas da empresa no País. O sindicato diz ainda que a GM mantém intenção de transferir a produção do Classic para fábrica na Argentina.

Com base em estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o sindicato da categoria informou que a GM já cortou 1.189 vagas, entre julho de 2011 e junho de 2012 e que só na unidade de São José dos Campos foram eliminados 1.044 postos.





Fonte: Terra

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