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Internacional
Sábado - 25 de Março de 2006 às 08:29

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Os responsáveis de um hospital de Imizu, na região de Toyama, a oeste de Tóquio, investigado pela Polícia pela denúncia de que o centro médico teria praticado eutanásia em sete pacientes, admitiram ter desligado os aparelhos de respiração artificial com a prévia autorização dos familiares das vítimas, informou hoje a agência japonesa "Kyodo".

Os dirigentes asseguraram que as mortes, em pacientes com idades entre 50 e 90 anos, foram "dignas", segundo a agência. As mortes, ocorridas entre 2000 e 2005, foram provocadas sem o consentimento dos próprios pacientes, assinala a "Kyodo".

O Governo de Toyama e a Polícia da zona iniciaram investigações para apurar esse caso, além de outro que envolve uma tentativa de desligamento de aparelhos de outro paciente de 78 anos em estado de coma e que foi impedida pelo diretor do hospital.

O médico que supostamente tentou desligar os aparelhos deixará de trabalhar este mês no hospital de Imizu, fundado em 1950 e administrado pela província, segundo a agência japonesa.

A legislação do Japão não prevê critérios específicos sobre a legalidade da eutanásia, mas alguns analistas legais em medicina apostam no reconhecimento da existência de uma "eutanásia passiva" ou "morte digna" sob certas condições.

Segundo alguns juízes, para que a eutanásia seja considerada deve se obter o consentimento do paciente, que, além disso, precisa estar em fase terminal sem responder a qualquer tipo de tratamento alternativo para aliviar seu sofrimento.

O caso mais recente de eutanásia envolveu uma médica de Yokohama, ao sul de Tóquio, que em 1998 aplicou uma dose de injeção letal em um homem que se encontrava em coma. Foi condenada no ano passado a três anos de prisão, em pena substituída por um período de liberdade vigiada de cinco anos.





Fonte: EFE

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