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Polícia Brasil
Terça - 07 de Fevereiro de 2006 às 13:31

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Uma reunião realizada agora pela manhã (terça-feira), na sala de reuniões da Presidência da Assembléia Legislativa, pode ter possibilitado alguns avanços entre o governo do estado e os investigadores e escrivães da Polícia Civil, que estão em greve. O secretário de Administração, Geraldo de Vitto, aceitou levar para a discussão com a equipe econômica do Executivo, uma contraproposta dos representantes da categoria. A deputada Vera Araújo, do PT, foi a única parlamentar que participou da reunião. O secretário De Vitto pediu para que os investigadores e escrivães formatassem uma proposta até às 14h de hoje. Ele não afirmou que acataria as reivindicações, mas que pelo menos estas seriam analisadas. Até o momento, o Executivo vinha condicionando a negociação ao retorno dos policiais ao trabalho.

De Vitto, de antemão, descartou propostas de criação de verba indenizatória para a categoria. Um dos motivos da greve é que o Executivo sancionou uma Lei criando este direito somente para os delegados de polícia. O secretário disse que tem pelo menos cinco outras categorias reivindicando este direito. “Mas não vamos abrir mão para nenhuma delas”, salientou. “Não queremos atrasar salários e não temos recursos para isso”, argumentou.

Outra possibilidade descartada pelo secretário é a elevação de nível dos policiais pelo fato de terem feito um curso superior, depois do ingresso na carreira. De acordo com ele, a legislação veda a transposição. “A Lei que determina o curso superior para os investigadores e escrivães só irá beneficiar os novos concursados”, disse. Conforme o secretário, os policiais foram concursados para o nível médio e não podem ser transpostos para outra carreira sem um novo concurso. De Vitto disse que quem fez de forma diferente está tendo que reverter a situação. “Sofremos duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade por conta disso”, informou. Para beneficiar os servidores atuais, ele afirmou que isso somente seria possível com uma reestruturação da carreira. “Mas isso só num projeto em médio prazo”, observou.

A possibilidade de avanço nas negociações está na criação de algum adicional, não incorporável ao salário, como um ticket alimentação, por exemplo. Atualmente, só os policiais que estão de plantão têm um auxílio nesse sentido. A sugestão desta possibilidade foi feita pelo presidente do Sindicato dos Investigadores e Escrivães, Gledson Gonçalves.

A deputada Vera Araújo elogiou a atitude do Executivo em reabrir as negociações, mas pediu para que o Executivo não radicalizasse em outros pontos, como a suspensão do pagamento dos dias de paralisação.

De acordo com ela, falta muito pouco para o atendimento de algumas das reivindicações da categoria. Uma delas, por exemplo, é quanto as promoções por elevação de nível. Os policiais alegam que há cinco anos ninguém da categoria recebe este tipo de promoção. “É pequena a diferença entre a quantidade de promoções reivindicadas pelos policiais civis e o total oferecido pelo Executivo”, disse a deputada. De Vitto informou que, com a posse de novos concursados na carreira, será possível elevar os percentuais de promoções, que é determinado por lei.





Fonte: Da Assessoria AL

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