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Internacional
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 23:27

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Milhares de mulheres protestaram hoje na capital do Iêmem, Sanaa, contra as charges do profeta Maomé publicadas por um jornal da Dinamarca. As manifestantes queimaram bandeiras dinamarquesas e pediram a manutenção do boicote aos produtos do país europeu, iniciativa que vários países árabes e muçulmanos já tomaram, dizem testemunhas.

O protesto, realizado por estudantes secundaristas e universitárias, percorreu várias ruas de Sanaa e parou por alguns minutos em frente a um edifício da ONU.

As charges, publicadas em setembro por um jornal dinamarquês e reproduzidas há uma semana por uma revista norueguesa, deram início a uma onda de protestos nos países árabes.

O Islã proíbe que sejam feitas ilustrações de Maomé, pois considera que a representação humana do profeta pode levar à idolatria.

Além do protesto no Iêmen e da convocação de um boicote aos produtos dinamarqueses, nos últimos dias, vários países árabes e muçulmanos se mobilizaram diplomaticamente contra os desenhos.

O Governo de Damasco decidiu hoje convocar seu embaixador em Copenhague para que apresentasse um "relatório das ações do Governo dinamarquês" após a publicação das charges do profeta islâmico.

A agência oficial síria Sana informou hoje que as charges de Maomé ofendem a pessoa do profeta e são "uma violação à crença de milhões de árabes e muçulmanos".

Desde que a Arábia Saudita ordenou a volta de seu embaixador em Copenhague, na quinta-feira, o Kuwait e a Líbia aderiram à iniciativa, ao passo que alguns páíses condenaram a publicação das ilustrações e a Organização da Conferência Islâmica (OCI), integrada por 57 países, convocou a realização de protestos pacíficos.

A crise também teve uma dimensão econômica, com o aumento do boicote aos produtos dinamarqueses nos países islâmicos.





Fonte: EFE

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