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Politica Brasil
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 22:59

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O Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Pernambuco divulgou hoje o resultado do inquérito que investigou o assassinato do coordenador regional do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST), Anílton Martins, mais conhecido como Nem, no município de Itaíba, em Pernambucano, no dia 27 de outubro. Segundo o delegado adjunto do GOE, Darley Timóteo, está descartada a motivação por questões agrárias como se especulava.

"O crime tem motivo pessoal e passional. Está descartado o motivo por questão agrária até o presente momento", afirmou Timóteo. Nem foi assassinado, à tarde, com mais de dez tiros, em um posto de gasolina.

De acordo com o inquérito apresentado à imprensa, João Marcos da Silva, mais conhecido como João Baixinho, teria sido o mandante do crime. Segundo informações do delegado Darley Timóteo, João Marcos se irritou com o fato de Nem estar namorado com sua ex-namorada.

"A gente apurou nas investigações que existia uma rixa há mais ou menos cinco anos envolvendo o Nem e o João Baixinho. Depois ela foi apimentada por motivo passional porque o Nem estaria namorando com a ex de João Baixinho, conhecida por Zefinha. Ela mesma disse que ninguém namorava com ele por 'respeito' a João Gordinho e que, por isso, o Nem estava jurado de morte", esclareceu Timóteo.

Segundo o GOE, quatro pessoas estão envolvidas no assassinato, entretanto, apenas Josivan da Silva, mais conhecido como Gordinho, está preso, em Arcoverde, sob a acusação de ter emprestado a moto utilizada no crime.

"O Gordinho nega a participação no crime, mas não justifica o fato de uma pessoa reconhecer a moto dele com a usada no assassinato. Ele também não explica o que estava fazendo na praça, momento antes do ocorrido. Era como se estive mapeando a área, levantando informações", disse Timóteo. Os outros dois, que estavam na moto e dispararam os tiros, são José Antônio Tenório de Melo, 30 anos, mais conhecido como Zé Coleta, e Leonelson Martins dos Santos, o Dida, 20 anos.

A Justiça já decretou a prisão preventiva de todos, que responderão por formação de quadrilha e homicídio duplamente qualificado. "Os dois que estavam na moto e João Baixinho ainda estão foragidos, o que denota a culpa deles, não é? Se não, eles já teriam se apresentado na delegacia para esclarecimento", observou o delgado do GOE, Darley Timóteo.




Fonte: Diário de Cuiabá

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