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Saúde
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 14:44
Por: Aryane Cararo

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O analista de sistemas Cristian Candido Pio tinha 23 anos quando decidiu fazer uma cirurgia plástica no nariz. Em janeiro de 2001, após ser operado no Hospital de Cotia Dr. Odair Pedroso, o rapaz foi levado para a sala de recuperação pós-anestesia e ali morreu, vítima de asfixia. A família entrou com um processo de indenização contra o hospital e o médico responsável pela cirurgia, Antonio Pimenta Filho. Na semana passada, a Justiça condenou ambos ao pagamento de indenização.

A juíza Lúcia Caninéo Campanhã, da 3ª Vara Cível da Comarca de Cotia, determinou que a indenização deve ser de R$ 150 mil por danos morais, mais R$ 2 mil de reembolso pelo pagamento da cirurgia e repasse mensal de R$ 600 pelo tempo que restava até que o jovem completasse 25 anos.

Segundo o advogado Ademar Gomes, a família não quer dar entrevistas. Ele informa que Cristian cursava Administração de Empresas, era solteiro e ganhava R$ 900 de salário. A causa da morte foi registrada como "asfixia respiratória por sangue aspirado para vias aéreas com inundação significativa após cirurgia". "Houve perícia e foi comprovado erro médico", diz Gomes.

Pimenta Filho, cirurgião plástico há 20 anos, disse que está recorrendo da sentença. "O caso está sub judice. Tenho certeza de que serei inocentado. Não houve nenhum erro da minha parte e tenho fé na Justiça", disse o médico. Segundo ele, a morte do paciente por asfixia não foi uma complicação cirúrgica. Ele acrescenta que, no livro do Conselho Federal de Medicina, o capítulo que trata da sala de recuperação diz que os cuidados nessa sala são de responsabilidade de um anestesista. O hospital foi procurado no fim da tarde, mas, devido ao horário, os responsáveis não foram encontrados.




Fonte: Agência Estado

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