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Politica Brasil
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 12:55
Por: Rubens de Souza

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O tempo está se encurtando e a possibilidade de o PPS chegar “rachado” ao seu Encontro Regional, marcado para sábado, no Hotel Fazenda Mato Grosso, para escolher os políticos que vão dirigir a sigla no processo eleitoral do ano que vem, vai aumentando cada vez mais. A busca por entendimentos até o final da manhã desta quinta-feira se mostrou ineficiente. No jogo da estratégia, há quem deseje negociar, quem quer levar vantagem, quem tenta se ressucitar politicamente e até mesmo aqueles que querem levar o partido a sério. A tentativa de unir o partido continuará até que o início da votação comece, no sábado.

Mesmo que as alas e os interesses se conjuguem numa chapa única, uma coisa está bem patenteada dentro do partido do governador: a existência de alas bem distintas, cuja comunicação e o objetivo comum de levar adiante o projeto da reeleição – e conseqüente manutenção do poder no Estado – não ampliam o campo do diálogo. Por diversas vezes já se disse sobre o grupo dos amigos próximos do governador – a chamada “turma da botina” e a ala política, que sustentou a eleição do governador.

A possibilidade de medir forças entre os dois setores é hoje a mais evidente. Da parte mais política do Governo, o candidato é Percival Muniz, ex-prefeito de Rondonópolis e um dos mais próximos interlocutores do governador. Muniz é quase uma espécie de “guru” político de Maggi. De outro, representando o grupo que veio do campo dos negócios com Maggi para dentro do Governo, está o deputado Mauro Savi. “Vamos bater chapa se precisar” – diz um apoiador de Savi. “Temos o controle de 70% dos votos” – contabiliza um integrante da ala política. Os dois grupos contabilizam o apoio do governador Maggi.

A eleição para presidente do Diretório Regional do PPS não é uma disputa qualquer. A briga é calculada. Quem assumir a presidência terá a missão de comandar o partido nas eleições de 2006 e ganhará, com isso, uma forma desproporcional. Será o homem encarregado de articular as coligações com partidos que queiram acompanhar o governador Blairo Maggi em seu projeto de reeleição. Além disso, se resolver sair candidato a uma cadeira na Assembléia Legislativa ou mesmo ao Congresso Nacional terá força diante da posição que ocupa

A situação está em ebulição. Na manhã desta quinta-feira, o governador Blairo Maggi cancelou boa parte de sua agenda para tratar apenas e exclusivamente desta questão partidária. Logo pela manhã se reuniu com o ex-prefeito de Cuiabá Roberto França, atualmente presidente do Diretório Municipal do partido e que deverá ser eleito vice-presidente na próxima chapa e com integrantes diretos que estão comandando esta eleição.

Diante dessa situação, há quem veja um espaço para um terceiro nome, talvez o de consenso. O mais comentado é o de Zeno Gonçalves, prefeito de Rosário Oeste, cidade próxima da Capital, e que vem ajudando na articulação partidária. Zeno é visto como um político de excelente trânsito junto ao governador. “O Zeno é uma pessoa bastante centrada, com livre trânsito junto aos partidos que integram a nossa coligação. É o homem ideal para comandar as eleições de 2006 e unir o PPS em uma coligação ainda mais forte”, disse um integrante do primeiro escalão de Maggi.

A convenção começa amanhã, às 18 horas, no Hotel Fazenda, em Cuiabá, com apresentação de um balanço da atual direção, sob Roberto França, e da aprovação do regimento interno. O congresso reabre no sábado, às 8h30, com a presença do governador Maggi. À tarde, acontece a eleição. Primeiro, serão eleitos os 123 membros do diretório, incluindo 37 delegados à convenção nacional. Depois, ocorre a eleição da executiva com 41 integrantes para dois anos de mandato.





Fonte: 24 HorasNews

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