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Sábado - 28 de Maio de 2005 às 07:30
Por: Sinézio Alcantara

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Um grupo armado com pistolas e revólveres roubou duas aeronaves no aeroporto Nelson Martins Dantas, em Cáceres. O assalto durou 11 horas. O guarda do hangar, um homem de 52 anos, além de ser espancado, ficou sob a mira de revólver, durante toda noite de quinta até a manhã de sexta-feira. Ele foi rendido pelo bando às 18h de anteontem e somente às 5h da manhã de ontem foi liberado.A intenção do grupo era roubar 3 aeronaves. A terceira só não foi levada porque tinha um dispositivo de segurança.

Com o roubo praticado no aeroporto de Cáceres, em um ano já chega a 6 o número de aeronaves levadas de cidades da região da fronteira. Em 94, dois aviões foram roubados do aeroporto de Pontes e Lacerda e dois de Mirassol d"Oeste. Nenhuma delas foi recuperada.

Os aviões cessnas prefixos PT-KIK e PTQVW modelo 182, vermelho e branco, foram retirados do hangar "Nano", pertencente ao pecuarista Paulo Garcia Nano. Na manhã de ontem a polícia técnica tirou impressões digitais encontradas na aeronave que não foi levada por causa do dispositivo de segurança. Porém, até no final da tarde, a polícia não tinha pistas dos assaltantes. O delegado do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Walfrido Nascimento, encarregado pelas investigações, suspeita que a quadrilha seja a mesma que roubou os aviões em Pontes e Lacerda e Mirassol d"Oeste.

"Estamos comparando a maneira de atuar. Tudo leva crer que seja a mesma quadrilha que está praticando esses assaltos", admitiu. O guarda José Carlos Ferreira disse que, enquanto 3 homens agiam no interior do prédio, 2 davam cobertura, em um carro, do lado de fora do aeroporto. Ferreira lembra que um dos assaltantes tinha sotaque espanhol, o que leva a polícia supor que os aviões tenham sido levados para o território boliviano. O guarda acredita que a quadrilha abasteceu os aviões no próprio aeroporto antes de decolar, por volta das 5 horas. "Com 52 anos nunca havia sido submetido a tamanha humilhação", conta.

Investigação - De acordo com a assessoria de Comunicação do Departamento de Aviação Civil (DAC), sediada em Brasília, as investigações do caso são de inteira responsabilidade da Polícia Federal, que deve abrir nos próximos dias um inquérito policial para apurar os fatos.

Ainda segundo o Departamento de Aviação Civil,os roubos de aeronaves pequenas geralmente são feitos para servir ao tráfico de drogas na região de fronteira com países vizinhos e alguns pilotos desenvolvem uma altura suficiente para se livrar dos radares, o que dificulta e chega a impedir as possibilidades de rastrear as aeronaves.





Fonte: A Gazeta

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