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Nacional
Terça - 24 de Maio de 2005 às 16:20
Por: Denise Chrispim Marin

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Seul - Era para ser uma cerimônia solene e protocolar, mas acabou sendo um dos momentos mais divertidos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Coréia. Acompanhado por dona Marisa Letícia, o presidente foi depositar flores no Memorial Nacional, um complexo em honra aos 164 mil soldados mortos desde a ocupação japonesa, iniciada em 1911, até o fim da Guerra da Coréia, em 1953. O cerimonial coreano ofereceu luvas brancas ao casal presidencial. Diante da imprensa, Lula colocou as luvas e não se conteve em brincar com a ausência do dedo mínimo de sua mão esquerda. "Esse aqui não dá para encher", disse, entre risos abafados.

Lula perdeu o dedo em um acidente de trabalho quando era metalúrgico. A jovem que havia entregue as luvas, ao perceber a gafe, ficou constrangida. Bem humorado, Lula fez um gesto indicando a ela que estava tudo bem.

Diante do monumento aos soldados coreanos, o presidente seguiu um pequeno ritual. Ofereceu as flores e, em seguida, depositou incenso em uma pequena pira. Depois, enquanto respeitava o minuto de silêncio e de oração, de cabeça baixa e ao som de acordes solenes dos metais, Lula ficou mexendo a mão, divertindo-se com a sensação do dedo ausente. Ao final, assinou o livro de presença e, ao tirar a luva, brincou uma última vez com o dedo mínimo.

Em meio à crise provocada pela aprovação da CPI dos Correios, o presidente Lula preferiu não falar com a imprensa em nenhum dos momentos em que os jornalistas puderam dele se aproximar. Por volta das 18 horas, ao ser abordado no encerramento do seminário Brasil-Coréia: Oportunidades de Comércio e Investimentos, disparou sorridente: "São seis horas da manhã no Brasil!" Mas, rodeado por seguranças e assessores, nem sequer deu chances para perguntas.

Turma da Mônica Pouco antes, Lula havia dispensado alguns minutos em um encontro inusitado. No hotel onde está hospedado em Seul, recebeu o coreano Si-Bum Kim, responsável pela divulgação no país dos personagens da Turma da Mônica, de Maurício de Souza. Pouco antes, havia conversado com o sindicalista Lee Soo-hoo, presidente da Confederação dos Sindicatos Coreanos.





Fonte: Agência Estado

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