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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 15:11

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O grupo opositor ilegal Assembléia para Promover a Sociedade Civil (APSC) iniciou hoje, sexta-feira, em Havana o Primeiro Congresso Democrata Cubano, classificado de "histórico" pelos organizadores.

Cerca de 150 delegados representando grupos da oposição interna de Havana e outras províncias da ilha credenciados à assembléia assistem a reunião inaugurada por seus principais promotores, Martha Beatriz Roque, Félix Bonne e René Gómez Manzano.

Ao dar as boas-vindas aos participantes e convidados, Roque disse que a idéia de realizar esta reunião para promover a APSC teve um amparo que considerou "admirável".

Entre os presentes se encontravam o opositor Vladimiro Roca, líder de Todos Unidos; o ex-preso político Julio Ruiz Pitaluga, do grupo Plantados pela Liberdade, e dois representantes do grupo Damas de Blanco, integrado pelas esposas dos presos do Grupo dos 75 dissidentes presos na primavera de 2003.

Também participaram o chefe do Escritório de Interesses dos EUA em Havana, James Cason, e vários diplomatas europeus, entre eles, o conselheiro da embaixada dos Países Baixos, Koen Sizoo, e o cônsul polonês Piotr Turzanski.

"Este congresso é o ponto culminante da primeira etapa de trabalho da Assembléia, e o ponto de partida para o intenso trabalho que deve ser desempenhado adiante", ressaltou.

Martha Beatriz Roque, líder da APSC, foi a única mulher do Grupo dos 75 condenada a 20 anos de prisão e um dos quatorze presos libertados no ano passado com uma licença extra-penal.

"Estamos convencidos que quando no futuro se falar da luta pacífica em favor de mudanças democráticas se falará de antes e depois deste Congresso Democrata Cubano, e aí está sua transcendência", assinalou a dissidente.

Na abertura do encontro, os organizadores apresentaram uma mensagem gravada em vídeo pelo presidente dos EUA, George W. Bush, dirigido "ao povo cubano" pelo aniversário da independência de Cuba da Espanha.

Em sua mensagem, Bush cumprimenta a reunião e afirma que "para os que se reúnem hoje para protestar contra a opressão em Cuba: durante sua luta pela liberdade de seu país, o povo dos EUA está do seu lado".

"Desejamos o dia em que os cubanos já não tenham que agüentar anos de separação de suas famílias para desfrutar os benefícios da liberdade. Não descansaremos", afirmou.

A reunião, cujo encerramento está previsto para amanhã, sábado, acontece em um pátio junto à casa de Félix Bonne, situada em um bairro afastado de Havana.

A agenda da assembléia inclui debates em 14 comissões sobre temas da dissidência interna, livre expressão, econômicos, jurídicos, religiosos, saúde, meio ambiente, juventude e sindicais, entre outros.





Fonte: EFE

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