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Saúde
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 20:10
Por: Márcia Wonghon

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Recife - Pela primeira vez no Nordeste, dois pernambucanos portadores de lesões nos nervos periféricos estão sendo beneficiados com a técnica inovadora que usa células-tronco da crista ilíaca, localizadas na bacia dos próprios pacientes, para recuperar movimentos.

As intervenções gratuitas foram feitas hoje no Hospital SOS Mãos por uma equipe formada pelos cirurgiões Jefferson Braga, professor de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, Mauri Cortez e Rui Ferreira. De acordo com o médico gaúcho, pioneiro na aplicação da técnica, a inovação representa uma oportunidade de recuperação mais rápida de traumas.

"É mais uma opção que vai ajudar os pacientes a não ficarem sequelados, principalmente por acidentes", enfatizou. Ele disse que a descoberta do método foi motivada pela necessidade de resolver o problema de pacientes mutilados por acidentes.

A primeira cirurgia com uso de células-tronco, do próprio paciente, foi realizada em janeiro deste ano, pela equipe do Hospital São Lucas, da PUC de Porto Alegre, em um jovem de 22 anos, vítima de acidente com vidro.Ele havia rompido o nervo do antebraço - próximo ao pulso - e passou a movimentar os dedos, um mês e meio após a operação.

O primeiro paciente operado hoje foi Edson Xavier, 18 anos, que teve o braço direito paralisado, em conseqüência de um acidente de moto, ocorrido há oito meses. O outro contemplado com a técnica, Redivaldo José da Silva, 37 anos, morador da capital pernambucana, perdeu um segmento do nervo da mão direita, em um acidente doméstico, com vidro.

O médico Mauri Cortez explicou que a finalidade das cirurgias foi restabelecer as estruturas dos nervos rompidos, por meio do uso de células-tronco, aspiradas do paciente, separadas e depuradas em laboratório e depois reinjetadas dentro de um tubo de silicone interposto na lesão.

O processo de separação das células-tronco, que levou em média três horas, foi feito pela bióloga Denise Machado, também da PUC gáúcha, que trabalha há seis anos com manipulação de células de medula óssea. Atualmente, o custo de cada cirurgia é de R$ 1 mil .





Fonte: Agência Brasil

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