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Internacional
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 19:30

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O secretário-geral da Comunidade Andina (CAN), o peruano Allan Wagner, pediu hoje a abertura de um processo de entendimento para superar a crise no Equador e convidou a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ONU a se juntarem à iniciativa.

As declarações de Wagner foram dadas durante a entrevista coletiva prévia à inauguração do Encontro Ibero-americano de Sevilha, que começou marcado pelos eventos das últimas horas no Equador, que levaram à destituição do presidente, Lucio Gutiérrez.

Wagner se disse preocupado e afirmou que os acontecimentos nas ruas de Quito e em outras cidades "denotam a dificuldade da sociedade equatoriana para trabalhar sobre a base do diálogo e do consenso". O secretário-geral da CAN se mostrou disposto a colaborar para iniciar um processo de diálogo com a participação dos organismos internacionais, com o objetivo de superar a crise e de fixar as bases para reforçar as instituições democráticas equatorianas.

No Equador - ressaltou o político peruano - "há um problema claro de fraqueza institucional e de grande pobreza", que são os motivos para que o povo rejeite a classe política. Na mesma entrevista coletiva, o secretário-geral em funções da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luigi Eunaudi, expressou sua esperança de que seja encontrada uma fórmula adequada para enfrentar a crise e entrar num caminho de estabilidade.

Eunaudi lembrou que o Conselho Permanente da OEA se reúne hoje para aprovar uma resolução sobre a crise, que irá na direção de propor passos "que nos ajudem a fortalecer os Estados". Para o dirigente da OEA, o ocorrido no Equador é uma mostra da fraqueza das instituições democráticas na região e, de maneira especial, dos partidos políticos.

"É preciso fortalecer os partidos políticos, porque são os intermediários entre o poder e a cidadania", disse Eunaudi.

Já na inauguração do encontro, o ministro espanhol de Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, se referiu à situação no Equador, ao se dizer convencido de que os equatorianos e suas autoridades poderão resolver a crise de maneira pacífica e mediante o diálogo nacional e o respeito à legalidade democrática.





Fonte: EFE

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