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Internacional
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 13:55

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O presidente interino da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Antônio Celso de Queirós, afirma que a comunicação será a principal diferença entre o papa Bento XVI e João Paulo II. D. Antônio participou do programa Diálogo Brasil desta quarta-feira. O programa exibido em rede pública de televisão discutiu questões relacionadas aos rumos da fé no mundo.

"Ele vai ser muito distinto de João Paulo II no modo de se comunicar. João Paulo era um comunicador, foi um papa que saiu pelo mundo, que encontrou essa explosão da comunicação através da grande mídia. Mais do que falar, o Papa João Paulo II sabia gesticular diante da mídia. Eu espero que o Papa Bento XVI também desenvolva uma marca positiva", disse d. Antônio.

Ao falar sobre o posicionamento de Bento XVI frente a questões científicas ou polêmicas, o bispo da CNBB lembrou que "qualquer que fosse o cardeal eleito, ele seria contra o aborto". Em uma de suas declarações, o então cardeal Joseph Ratzinger, disse que "os cristão devem ser contra decisões judiciais e leis que autorizem o aborto e a eutanásia, considerados pecados graves".

Para o padre José Oscar Beozzo, coordenador geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e educação Popular (CESEP), a igreja deve adotar outro posicionamento diante desses temas. "A Igreja Católica pode participar de campanhas de conscientização desde que não faça propaganda do uso de camisinhas", disse.

O economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Néri, acredita que a posição da Igreja Católica diante das questões femininas tem afastado as mulheres. "Eu acho que a igreja precisa ser mais matriarcal. Ela é ainda muito patriarcal. A religião é algo extremamente feminino e essa abertura é fundamental, porque a igreja tem que ser mãe".

Na opinião do padre Beozzo, a proibição de que mulheres também se tornem padres desafia o Vaticano. "Há uma crise dos ministérios na igreja católica. O impedimento de mulheres no ministério é um dos problemas que nos teremos que enfrentar nesse pontificado ou no seguinte. A maioria dos discursos celebrados nos finais de semana são feitos sem homens, mas com a presença de mulheres".





Fonte: Agência Brasil

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