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Cultura
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 08:52

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O francês Stéphane Lissner, diretor do Festival Lírico de Aix (França) e ex-diretor do Teatro Real de Madri, foi nomeado diretor artístico do Scala de Milão em substituição de Riccardo Muti, que renunciou no início deste mês.

Fontes do conselho de administração do Scala assinalaram que Lissner, de 50 anos, também será superintendente do teatro em lugar de Mauro Meli, nomeado para esse posto há apenas dois meses em meio a uma grande polêmica pela saída de seu antecessor, Carlo Fonte.

Riccardo Muti apresentou sua demissão como diretor artístico do Scala em 2 de abril depois de 19 anos no cargo por causa, segundo alegou, da "hostilidade evidente" dos trabalhadores do teatro.

A decisão de nomear o francês foi tomada por unanimidade no Conselho de administração da Fundação do Teatro Scala, durante uma reunião celebrada nesta manhã no Palácio Marino, a sede da Prefeitura milanesa.

Lissner, que assumirá seu cargo a partir de maio, expressou sua satisfação com a nomeação e assegurou que sua prioridade absoluta "será a música".

Também disse que, a princípio, seu cargo é para os próximos quatro anos, embora "dentro de alguns meses haverá um novo conselho de administração e se verá o que pode acontecer".

Ele acrescentou que "refletirá" sobre os conteúdos da temporada que começará em 7 de dezembro, coincidindo com o Ano de Mozart, ao mesmo tempo em que ressaltou que entre seus objetivos estão o de "compreender bem qual é a situação social e econômica do teatro".

Desde os últimos meses, o Scala vive um período conflituoso, em meio a constantes mobilizações de seus cerca de 700 trabalhadores, cujos protestos levaram à demissão de Muti.

O mal-estar dos empregados é fruto da demissão ditada em fevereiro para o então superintendente, Carlo Fonte, que mantinha uma aberta rivalidade com Muti e estava em claro desacordo com seu modo de gestionar o local.

No meio da tensão entre ambos, o conselho de administração da fundação Scala decidiu demitir o primeiro antes do vencimento de seu contrato para a satisfação de Muti e apesar da oposição dos empregados.





Fonte: EFE

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