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Internacional
Segunda - 18 de Abril de 2005 às 21:06

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O ministro chileno do Interior, José Miguel Insulza, disse nesta segunda-feira que não acredita que a eventual candidatura do nicaragüense Ernesto Leal à secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) mude o panorama eleitoral.

De acordo com Insulza, que no dia 11 de abril empatou cinco vezes com o chanceler mexicano Luis Ernesto Derbez, o prazo para a nova votação, fixada para 2 de maio, "é muito curto" para produzir uma mudança significativa.

No entanto, ele comentou que os votos que podem ser ganhos por Leal, ex-chanceler nicaragüense e atual secretário da presidência de seu país, "estão mais inclinados para Derbez", pois a Nicarágua apoiou o chanceler mexicano no primeiro turno eleitoral.

Segundo Insulza, em todo caso "isso não é o importante", pois uma das razões para fixar um prazo entre a primeira e a segunda eleição é abrir a possibilidade de apresentação de novos candidatos.

"Isso me parece razoável, não tenho nenhuma crítica a fazer", disse o ministro chileno, que ao mesmo tempo manifestou sua admiração por Leal.

"Tenho a maior consideração por Ernesto Leal, fomos colegas como chanceleres e ele é uma pessoa muito respeitável. Se quer apresentar sua candidatura, a apresentará", ressaltou.

Na sua opinião, a essa altura é possível fazer pouca coisa nos dias que restam para a nova eleição.

"A segunda rodada deveria acontecer em duas semanas e não há muitas negociações pendentes, já falou-se com todos os países e todas as pessoas", disse.

"Certamente haverá conversas com algumas outras pessoas. Se alguém conhece com quem falar, seria bom que faça isso, mas acredito que esse assunto já está no mais alto nível de decisão dos governos", concluiu o ministro chileno.

O presidente chileno, Ricardo Lagos, iniciou hoje uma viagem por Brasil, Venezuela e Colômbia que, segundo fontes governamentais, inclui em sua agenda o debate sobre a eleição na OEA, com a perspectiva de conseguir algum apoio a mais para a candidatura de Insulza.

A OEA teve de escolher um novo secretário-geral, porque o antigo, Miguel Ángel Rodríguez, ex-presidente da Costa Rica, teve de renunciar em outubro do ano passado, sob acusação de corrupção em seu país.




Fonte: EFE

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