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Internacional
Segunda - 18 de Abril de 2005 às 09:47
Por: Clarissa Mangueira

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São Paulo - O professor da História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense Bernardo Kocher afirmou que o novo papa deverá ter a preocupação de criar uma "agenda do futuro". "Eu vejo o pontificado de João Paulo II como o fim da tradição de um século que a Igreja Católica passou na integração com a sociedade urbana e industrial. Islã, células-tronco, divórcio, preservativos e o sexo antes do casamento são problemas extremamente complexos que a Igreja, ao se colocar na sua tradição, se afasta um pouco da realidade social. O novo papa terá de construir uma agenda para lidar com essa situação", destacou.

Na opinião de Kocher, é grande a possibilidade de o novo papa ser europeu. "Os europeus são a maioria. Acho que a tendência aponta nessa direção. A Europa está padecendo de uma afastamento bastante profundo da religião. O avanço do Islã no continente é muito grande. Um europeu reforçaria a região onde a Igreja Católica firmou a sua existência", disse, em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News.

Ainda de acordo com o professor, o novo papa deverá ter relações com todas as correntes, sejam elas conservadoras, mais liberais ou intermediárias. "Conseguir articular isso, articular com a maquinária do Estado do Vaticano e com os meios de comunicação é uma tarefa e tanto."





Fonte: Agência Estado

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