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Internacional
Quinta - 31 de Março de 2005 às 11:56

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Morreu hoje a americana Terri Schiavo após 13 dias sem receber alimentação e água devido ao desligamento da sonda que a mantinha viva por decisão judicial. A morte ocorre após uma intensa batalha legal, iniciada há sete anos e intensificadas nas últimas semanas com uma série de apelos dos pais de Terri para mantê-la viva.

Terri, 41 anos, vivia há 15 anos em estado vegetativo e seu marido, Michael Schiavo, solicitou na justiça que a sonda que a alimentava fosse desligada, pois ela manifestou que não queria ser mantida viva artificialmente.

O caso abriu uma grande polêmica nos EUA sobre o direito a morrer e envolveu desde o Congresso do país até o presidente George W. Bush. Em 21 de março, o congresso americano aprovou uma lei que determinava que questões judiciais envolvendo violação de direitos humanos deveriam ser tratadas por instâncias federais. No dia seguinte, Bush, que estava em férias, sancionou a lei, criada com a clara intenção de evitar a morte de Terri.

Entretanto, nenhuma das intâncias federais a que os pais de Terri apelaram nos últimos dias, a Suprema Corte e o Tribunal de Apelações de Atlanta, aceitou o pedido de reconexão da sonda de alimentação.

Hoje os pais de Terri tiveram seu último pedido legal para manter a filha viva negado pela Suprema Corte. Bob e Mary Schindler, católicos conservadores, afirmavam que não havia provas que a filha queria morrer e acreditavam que ela dava sinais de estar consciente, apesar de avaliações médicas terem constatado que Terri estava em estado vegetativo persistente.

Terri Schiavo estava internada no hospital em Pinellas Park, oeste da Flórida. Em 1990, com 26 anos, ela sofreu um ataque cardíaco que privou seu cérebro de oxigenação e causou danos irreversíveis.

Batalha legal durou sete anos

A vida de Terri Schiavo tem estado no centro de batalha judicial de sete anos entre seus pais e o marido. O caso foi analisado por tribunais do estado da Flórida, onde Terri está internada, e por cortes federais, incluindo a Suprema Corte, que emitiu um total se seis decisões contrárias aos Schindler, duas na última semana.

Michael Schiavo recebeu autorização de vários tribunais da Flórida para retirar o tubo de sua mulher e, em 15 de outubro de 2003, conseguiu retirar a sonda por poucos dias. Entretanto, a Assembléia Legislativa estadual interveio com uma lei que permitiu ao governador do estado, Jeb Bush, irmão do presidente Bush, ordenar que conectassem de novo a sonda.




Fonte: Terra

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