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Economia
Quinta - 24 de Março de 2005 às 15:59
Por: NELSON FRANCISCO

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Arenápolis, MT – O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Empresa Mato-grosensse de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer), Instituto de Terras de Mato Grosso ((Intermat) e 12 Municípios vai mudar o perfil sócio-econômico do Médio-Norte com a implantação de projetos que vão diversificar a cadeia produtiva gerando mais empregos e renda, além de elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na região.

Projetos de avicultura, fruticultura, heveicultura, piscicultura, entre outras iniciativas, podem ser implantados em Municípios com economia estagnada em decorrência da falta de alternativas de renda. Esta é uma das principais conclusões do seminário de desenvolvimento regional de cadeias produtivas que se encerrou nesta sexta-feira (24.03) em Arenápolis (258 km a Médio-Norte de Cuiabá). O evento foi promovido pela Seder e Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

No seminário, em cinco painéis apresentados sobre culturas diversas culturas, constatou-se que em parceria com o Estado os Municípios podem mudar o perfil econômico do Médio-Norte. O secretário de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta, assegurou que uma das prioridades do Governo é promover o desenvolvimento da região por meio de parcerias, a fim de elevar o IDH e gerar mais empregos e renda. "O governo tem uma dívida com esses municípios e estamos aqui para pagar essa dívida", disse Pivetta.

Durante dois dias, foram apresentadas a prefeitos, secretários de agricultura e produtores rurais experiência bem-sucedidas de cultivares. Este é o caso de um projeto que está sendo tocado em Denise (211 km de Cuiabá), Lá, a Prefeitura cede mudas de seringueira para produtores que as pagam tão logo comecem a produzir ao preço de 1,1 quilo do produto por cada muda.

Da produção de 4 mil mudas em 2001/2002, este ano os viveiros da Prefeitura produzirão 450 mil plantas e a meta para 2006 é de 500 mil mudas, informou o produtor e prefeito de Denise, Israel Antunes Marques. Em 2000, a área plantada com a heveicultura era de apenas 500 hectares e ano passado já ocupava 1,5 mil hectares.

Com mercado e assistência técnica garantidos, a borracha é um negócio que envolve famílias de agricultura e plantam outras culturas em consórcio com a seringueira na mesma área. “É um projeto que resolve o problema econômico da região”, afirmou Antunes Marques. Em sete anos, disse o prefeito, a produção será de 400 toneladas de borracha/ mês, garantindo mais de mil empregos diretos.

Atualmente, o Brasil produz 30% da borracha e importa 70% para garantir consumo de 200 mil toneladas/ano. Os maiores produtores são a Tailândia, Indonésia, China, Vietnã e a África. Em Mato Grosso os Municípios que mais se destacam na produção da cultura são Itiquira, São José do Rio Claro, Denise, Barra do Bugres, Pontes e Lacerda, Água Boa, Santa Terezinha, Sorriso, Cáceres e Santa Terezinha.



Além da borracha no Médio-Norte, outro projeto bem-sucedido em Municípios da região pode ser a avicultura. Em Nova Marilândia (392 km de Cuiabá) o projeto já conseguiu provar em apenas em três anos que pode servir de modelo pelo alcance econômico e social alcançado.

O resultado imediato é que o Município já é o terceiro maior produtor de frango do Estado. "No aviário, são mais de um milhão de aves e o projeto garante emprego diretos a 106 famílias. Começaremos agora a construção do abatedouro com capacidade para abater 60 mil aves/dia, ainda este ano o que viabilizará a exportação de carne de frango processada para a União Européia", disse o prefeito do Município e presidente da AMM, José Aparecido dos Santos.





Fonte: Assessoria/Seder-MT

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