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Saúde
Quinta - 24 de Março de 2005 às 15:58
Por: JOANICE DE DEUS

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O objetivo da A importância sobre a mobilização social no combate a tuberculose foi a tônica da discussão, ontem (23.03), na mesa redonda realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O evento faz parte da programação do Dia Mundial de Combate a Tuberculose, 24 de março, que vem sendo realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde de Cuiabá e de Várzea Grande, desde o início da semana (21.03). A mesa redonda reuniu profissionais da Saúde e trouxe à Capital o pneumologista Jorge Luiz Rocha, do Rio de Janeiro (RJ).

Ao falar sobre a finalidade e os resultados da mobilização social realizada no ano passado na cidade do Rio de Janeiro, o médico Jorge Luiz disse que a ação foi um importante evento de sensibilização da população quanto ao controle da doença, permitindo uma boa integração entre a Saúde e comunidade. Segundo ele, observou-se ainda a importância de “juntar-se comunidades carentes e menos esclarecidas para uma participação efetiva na luta contra a tuberculose”.

De acordo com a responsável pela área técnica da Tuberculose da Ses, Simone Gutierrez, assim como ocorre em todo o país, a Secretaria de Estado de Saúde vem ampliando os esforços de controle de doença. “Esta é mais uma ação articulada para o controle da enfermidade, com a adoção da estratégia de tratamento como forma de aumentar a detecção de casos, de assegurar a cura de todos os doentes, de reduzir o abandono do tratamento”, disse. “Ações de conscientização para reforçar a importância do tratamento adequado são fatores fundamentais para o controle da doença”, acrescentou.

Conforme Simone, o controle da tuberculose está nas mãos de toda a sociedade, que deve fazer um esforço imediato e efetivo para controlá-la. Nesse sentido, é preciso que haja sempre uma preocupação em buscar casos, estando os profissionais de saúde sempre atentos em relação aos pacientes que apresentarem os sintomas da doença como tosse por mais de duas semanas, febre, dores no peito, falta de apetite e emagrecimento. “Os profissionais estão capacitados para detectar e tratar os pacientes”, comentou.

Além disso, todas as pessoas que apresentarem o sintoma da doença devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para a realização tanto do exame médico como do de escarro. Caso seja diagnosticada a tuberculose, que é uma doença contagiosa e transmitida de pessoa a pessoa através do ar, da tosse e espirro, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e corretamente. O tratamento dura seis meses e não pode ser interrompido.

Dados parciais do Sistema Nacional de Agravos Notificados (Sinan) mostram que até o momento foram registrados 1.063 casos novos de tuberculose em Mato Grosso. Desse total foram diagnosticados 746 casos de cura, 64 casos de abandono de tratamento e o restante continua em tratamento. A meta nacional de cura é de 85%. Até o momento, o Estado alcançou 77% de cura.

De acordo com Simone, Mato Grosso vem reduzindo o índice de abandono de tratamento da doença desde 1998, quando implantou a estratégia de tratamento supervisionado. A idéia é acolher o paciente, que deve tomar o remédio na unidade de Saúde onde a enfermidade é diagnosticada. Um profissional ou outra pessoa da família, parente ou amigo supervisiona o uso do medicamento pelo paciente.

Durante a mesa redonda também foram discutidos temas como biossegurança, recurso de base científica para a redução do risco de transmissão da doença que, neste caso configura a biossegurança do servidor da saúde. Foi abordado, também, o problema da tuberculose na criança.





Fonte: Assessoria/Ses-MT

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