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Nacional
Quinta - 03 de Março de 2005 às 09:30
Por: Anne Warth

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São Paulo - A Fundação Seade, órgão ligado à secretaria estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, divulgou estudo que mostra recorde na taxa de participação feminina no mercado de trabalho na Grande São Paulo: em 2004 chegou a 55,5% contra 55,1% de 2003. A pesquisa se concentra na proporção de mulheres com dez anos ou mais de inserção no mercado. Este é o maior patamar atingido pelas mulheres desde o início dos levantamentos, em 1985.

O destaque ficou para jovens entre 18 e 24 anos, cuja participação aumentou 2,6% e registrou taxa de 77,4% no mercado de trabalho. Apesar de tímida, a participação das mulheres com 60 anos ou mais também cresceu (0,7%). Ao contrário do ocorrido na maior parte da década de 1990, o crescimento da taxa de participação das filhas (2,5%) superou a das cônjuges (0,7%).

Um dado negativo é que o crescimento da força de trabalho feminina da Grande São Paulo não atingiu as mulheres negras, que mantiveram participação praticamente estável, com crescimento de 0,2%. Para as mulheres não negras, o crescimento foi de 0,9%.

Com relação a escolaridade, as mulheres com ensino superior registraram aumento de participação no mercado de trabalho (0,5%), chegando ao índice de 82.9%, enquanto que a participação de mulheres analfabetas ou com ensino fundamental incompleto caiu de 3,3%, para 36,7%.

A taxa de desemprego registrou queda tanto para homens quanto para mulheres, mas foi mais acentuada entre as mulheres. O desemprego atinge hoje 21,5% da População Economicamente Ativa (PEA) feminina (em 2003, o índice era de 23,1%) e 16,3% da PEA masculina (17,2% em 2003). Para as mulheres, é o índice mais baixo desde 1999. A proporção de mulheres desempregados diminui para 52,9% em 2004, ante 53,1% em 2003, mas o porcentual permanece superior ao dos homens desde o ano 2000.

Todas as faixas etárias registraram queda no desemprego, com destaque para mulheres entre 40 e 49 anos (11,7%) e mulheres entre 50 e 59 anos (11,9%). A taxa de desemprego diminuiu mais entre mulheres negras (8,1%) do que entre mulheres não negras (6,5%).

Também caiu o desemprego para todas os níveis de escolaridade, com exceção das mulheres com ensino superior completo, que registrou variação negativa de 0,4%, decorrente do aumento de sua participação no mercado de trabalho. Porém, o tempo médio de desemprego entre mulheres cresceu para 24 meses, ante 22 meses em 2003.





Fonte: Agência Estado

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