Em nome do PR, Wellington lista cobranças em reunião com Silval
Wellington apontou desarticulação política, falta de providências urgentes para eliminar crises em alguns setores, como na saúde, incluindo o desmantelamento do plano de assistência médica MT Saúde, dificuldades em regularizar pagamentos a terceirizados e fornecedores, com agravamento maior na secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana, cobrou reformas administrativa e do secretariado e "depuração" das cotas partidárias. Por fim, Wellington anunciou que o PR estava colocando os cargos à disposição não com propósito de romper, mas de colaborar para se fazer eventuais mudanças no primeiro escalão. Silval mais ouviu do que falou. Se limitou a dizer que, de fato, fará mesmo várias mudanças na equipe.
As ponderações, críticas e cobranças ao Palácio Paiaguás foram elencadas na reunião de segunda, no apartamento do deputado Mauro Savi no bairro Santa Rosa. Savi é líder da bancada na Assembleia. A reunião começou às 19h30 e se estendeu até às 23h. Estavam presentes os deputados estaduais Savi, João Malheiros, agora vice-prefeito eleito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, Wagner Ramos, Jota Barreto, Sebastião Rezende e Ondanir Bortolini, o Nininho, além do senador licenciado Blairo Maggi e de Fagundes. Ficou definido que caberia ao próprio Wellington ser o porta-voz da bancada junto ao chefe do Executivo estadual.
Como interlocutor, Wellington Fagundes disse ao governador que a bancada republicana está insatisfeita com o rumo que tomou o Executivo. Vê falta de resolutividade de problemas, o que tem provocado sucessivas crises. Disse que a imagem da administração nos municípios não é das melhores justamente por causa da morosidade em se resolver questões fundamentais, como repasse de recursos. Fagundes levou também recado do próprio Maggi, que reclamou que membros do governo passaram a culpar a administração anterior por uma série de "pepinos" administrativos, como se o ex-governador tivesse deixado rombo financeiro e promovido desmando.
Segundo o dirigente do PR, o partido pode até perder metade do espaço que possui hoje na administração, desde que "as coisas funcionem". Reclamou ainda do que chama de "injustiça" e fatia desigual dos cargos junto aos partidos aliados, citando que o PT, que possui 2 deputados e uma bancada rachada, conduz a maior pasta, no caso a Educação, e o PP, também com pequena representatividade na AL, detém duas pastas, o Esporte e Lazer e a Saúde, enquanto outros com maior peso e força política poderiam estar à frente destas secretarias.
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