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Politica Brasil
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 12:35

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Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter contestado dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelou ser a obesidade uma questão mais grave no País do que a desnutrição, dois funcionários do órgão fizeram um protesto numa das unidades da instituição, pedindo uma defesa pública do trabalho desenvolvido pelo instituto.

"O que o presidente colocou é uma inverdade. Foi um fato lamentável que vai dificultar muito o nosso trabalho. Ele demonstrou um desconhecimento completo da pesquisa em questão e do IBGE. Gostaríamos que a direção defendesse a gente, pois nós nos sentimos indignados", disse um agente de coleta identificado apenas como Valdetaro, apoiado pelo colega Alceu Alfredo Matubayashi, durante lançamento da pesquisa sobre registro civil.

Embora tenha dito "entender perfeitamente" a posição dos dois funcionários, o coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, Luiz Antonio Oliveira, afirmou que não poderia fazer qualquer declaração, já que a pesquisa foi realizada por um setor que ele não coordena. Seguiu-se uma discussão entre os agentes e o assessor de imprensa que terminou com a saída de Valdetaro e de Alceu da sala de entrevistas.

Mais tarde, o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, desautorizou o protesto e disse que encarou as declarações de Lula com "absoluta tranqüilidade", uma vez que ele diz ter certeza da seriedade e da confiabilidade dos resultados da pesquisa. No entanto, lembrou que o levantamento foi realizado durante 12 meses, por meio da visita a 48.470 domicílios espalhados por todo o País.




Fonte: A Gazeta

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