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Economia
Quinta - 21 de Outubro de 2004 às 17:25

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A estratégia do presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, em sua nova gestão no triênio 2005/2007, prevê o reforço do trabalho da entidade como uma agência de desenvolvimento para a captação de novos investidores, de modo a aumentar o emprego e o nível de renda no estado.

Em entrevista à Agência Brasil, Gouvêa Vieira confirmou que a indústria brasileira já está recuperando o fôlego. Ele avaliou, inclusive, que esse crescimento é sustentado, apesar dos gargalos ainda existentes, especialmente na área de infra-estrutura. “Mas o governo federal está muito atento a esses problemas e parte desses gargalos em infra-estrutura vai ser resolvida através da aprovação no Senado do Programa de Parcerias Público Privadas (PPPs), manifestou.

O executivo reiterou, entretanto, a necessidade de investimentos em setores com densidade de capital, como siderurgia, petroquímica e celulose, cujos empreendimentos são vultosos e demandam anos para maturação, exigindo decisões imediatas e menos burocracia.

Gouvêa Vieira declarou-se otimista quanto ao fato de o Brasil ter voltado a crescer. “Espero que essa taxa de crescimento se mostre constante durante alguns anos”, disse ele, ressaltando que esse cenário não prevê outras crises como as ocorridas no mundo em anos anteriores.

Para o presidente da Firjan, a questão dos juros e a elevada carga tributária são problemas prioritários na luta pelo desenvolvimento da indústria nacional. Ele observou, contudo, que a continuidade da atual política econômica faz com que a credibilidade cresça e o risco Brasil caia. "Isso vai fazendo com que, ao longo do período, na medida em que existam mais investimentos para oferecer mais produtos, não haja tanta pressão sobre os preços, podendo haver depois uma queda nos juros básicos”.

Quanto à reforma tributária, ele disse que precisa ser aprofundada. Em relação ao Congresso Nacional, Gouvêa Vieira defendeu maior pressão, de modo a haver ambiente político para revisitar a reforma da Previdência, como forma de garantir ao Estado ter recursos para os investimentos necessários ao desenvolvimento.

Gouvêa Vieira disse que todas essas reivindicações serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, os industriais fluminenses se colocarão como parceiros do governo federal para levar adiante todos esses pleitos, com o objetivo de beneficiar o Brasil.

Segundo o presidente da Firjan, outras metas da instituição nos próximos anos são dar continuidade ao projeto de treinamento de pessoal para as indústrias e a um programa vasto de saúde preventiva aos trabalhadores, dependentes e comunidades, “trabalhos ímpares (da Firjan) a nível nacional”. Ele garantiu que que isso tudo vem sendo realizado “em parceria com os poderes público federal, local e as prefeituras, dando um exemplo de como uma parte da sociedade, representada pelos empresários, pode efetivamente trabalhar para a sociedade”.




Fonte: Agência Brasil

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