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Nacional
Terça - 19 de Outubro de 2004 às 17:59

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Aproximadamente 200 camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de acampamentos do Distrito Federal e Entorno, realizam protesto amanhã, a partir das 9 horas, em frente ao Itamaraty, contra as negociações de livre comércio entre Mercosul e União Européia.

Para os movimentos do campo do Brasil, as concessões aos europeus devem afetar de modo negativo a vida de pequenos agricultores brasileiros. Os produtores de leite, que são responsáveis por mais de 50% da produção no país, teriam perda significativa com o acordo: a tarifa de importação que hoje é de 27%, com o acordo se reduziria a 0% em dez anos.

Para Rogério Mauro, membro da Coordenação Nacional do MST, não somente o setor agrícola será afetado se o acordo permanecer do jeito que está. "Nos preocupamos com qualquer decisão que interfira na soberania nacional, seja prejudicando diretamente os pequenos agricultores, ou influenciando setores de serviços, propriedade intelectual e compras governamentais".

Os acordos negociados até agora nas comissões de técnicos e diplomatas começam a ser referendados por uma reunião ministerial de 20 a 24 de outubro, em Portugal. O prazo estabelecido pelo Programa de Trabalho de Bruxelas para definir o acordo é dia 31 de outubro.

Além do MST, a Campanha Brasileira de Luta Contra a Alca, CUT, ABONG (Associação Brasileira de ONGs), REBRIP (Rede Brasileira de Integração dos Povos) e outras entidades da sociedade civil, organizam manifestação em São Paulo contra o acordo e se concentram às 13 horas na Praça da Sé para depois caminharem pela cidade.




Fonte: JB Online

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