Faiad retorna ao Conselho Federal e representa Ordem em caso da Operação Pretórios

O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Francisco Faiad retornou ao cargo nesta quarta-feira (31) e foi escalado pelo presidente nacional da instituição, Ophir Cavalcante, para representar a entidade em ato que será realizado Rondônia, estado em que o presidente da seccional, Hélio Vieira, teve seu escritório alvo de busca e apreensão em decorrência da Operação Pretórios, desencadeada pela Polícia Federal.

A operação investiga pagamentos irregulares de precatórios. Além do presidente da seccional da OAB no estado, o escritório do conselheiro federal Orestes Muniz também foi alvo de busca e apreensão. Faiad viaja ainda hoje para Porto Velho.

De acordo com o conselheiro, ainda não dá para dizer se houve algum tipo de excesso na ação policial. “Isso nós só vamos saber quando chegarmos lá”, afirmou em entrevista por telefone. “Mas sempre que acontece algo assim, a OAB manda representantes”, completou.

Faiad estava afastado Conselho Federal para disputar a prefeitura de Cuiabá. Ele era candidato a vice-prefeito pelo PMDB na chapa encabeçada pelo vereador Lúdio Cabral (PT), que acabou derrotado na disputa em segundo turno contra o empresário Mauro Mendes.

O ato em Porto Velho será feito em solidariedade ao presidente da seccional e ao conselheiro. Apesar de não entrar em detalhes antes de chegar a cidade, Faiad declarou que o ocorrido é “muito preocupante”.

Operação em MT

Em Cuiabá, a Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (31) um mandado de busca e apreensão em uma empresa localizada na Avenida 13 de Junho, na região central da cidade. A ação faz parte da Operação Pretório, deflagrada hoje resultado de uma investigação do pagamento de R$ 3 bilhões em precatórios.

Ao todo, 64 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça de Porto Velho (RO), a operação foi toda coordenada pela PF daquele Estado. Desses, 50 foram em Rondônia, oito em São Paulo, dois no Amazonas, dois no Distrito Federal, um no Mato Grosso e um na Paraíba.

A assessoria da PF de Mato Grosso confirmou a ida dos agentes da Polícia Federal até a empresa para cumprimento do mandado, mas ao chegarem no local constataram que a empresa não funcionava mais no endereço citado.

A operação é coordenada pela PF de Porto Velho (RO) e é resultado de diversas investigações desenvolvidas pela Polícia Federal, que convergiram, todas, para o maior volume de títulos precatórios existente, hoje, no Brasil. A estimativa é que os valores sob investigação possam chegar aos R$ 3 bilhões.

A apesar de terem sido cumpridos mandados em outros Estados, a polícia informou que a investigação é referente somente aos precatórios de Rondônia sem qualquer relação com os pagamentos efetuados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).