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Cidades/Geral
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 10:39
Por: Suzi Bonfim

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O secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, participou do workshop “Programas de Desenvolvimento Regional Integrados das Regiões e Territórios Brasileiros” e reforçou ainda mais o conceito de desenvolvimento local como alternativa viável e necessária para o crescimento da economia. “Criar aglomerados e avançar na cadeia produtiva, da matéria-prima ao produto industrializado, é a estratégia indicada para o desenvolvimento de Mato Grosso como grande produtor de grãos. Um exemplo deste processo é o Estado do Paraná”, apontou o representante do Mapa.

Wedekin fez uma explanação do Plano Safra 2004/05 e das prioridades de investimento definidas pelo Mapa, diante da escassez de recursos. “Vamos tentar esticar o cobertor para colocar o maior número de produtores embaixo”, disse o secretário. Neste sentido, as principais linhas de atuação do Plano Agrícola são: a ampliação de recursos e o acesso dos produtores ao crédito, a melhor distribuição de recursos na agricultura comercial e o fortalecimento de programas de investimento com a modernização dos instrumentos de política agrícola. O aumento de recursos para o setor, de acordo com Ivan Wedekin, nos dois planos agrícolas do Governo Lula, é significativo. O percentual chega a 66% considerando os R$ 46,5 bilhões previstos para a próxima safra.

Outra medida favorável ao setor é a operacionalização da poupança rural por outras instituições financeiras, além do Banco do Brasil (BB), o Bansicred e o Bancoop. O BB que, atualmente, aplica 40% dos seus recursos em poupança rural, a partir de setembro deste ano, irá direcionar 50%, índice que terá um aumento de 5% ao ano até atingir 65%, segundo Wedekin. “Os investimentos estão concentrados em ações que geram competitividade”, garantiu.

No setor de armazenagem, área que tem grande demanda em Mato Grosso, o volume de recursos destinados pelo Mapa para a próxima safra é de R$ 700 milhões com juros de 8.75%. São R$ 200 milhões a mais que em 2003/2004. O secretário de Política Agrícola reconhece que a União não tem capacidade para atender a demanda por recursos da agropecuária brasileira cujo custeio de produção é de R$ 100 bilhões.

O Governo Federal dispõem apenas de 35% deste total. Portanto, a saída é atrair investimentos da iniciativa privada e até do exterior, por meio de mecanismos como o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), do Ceritificado de Depósito Agropecuário (CDA) títulos lançados no Plano Agrícola que o produtor pode comercializar no mercado. Para Ivan Wedekin, a articulação da sociedade pode contribuir para a otimização dos recursos definindo prioridades de investimentos. “Se não houver comprometimento local, os gestores estaduais e federais não terão como articular e fomentar as cadeias produtivas do país”, alertou.




Fonte: Secom - MT

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