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Politica Brasil
Sábado - 03 de Julho de 2004 às 20:35
Por: Adriana Vandoni Curvo

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Meu Deus, já é quase hora de fechar a edição e a inspiração não vem. É hoje, Caramba! O que vou escrever? Prometi para um leitor que ia tentar ficar moderada por uns tempos, logo, nada de falar de Lula. Não posso decepcioná-lo. Também, nem se quisesse, meu “muso” anda calminho. Não teve mais festa na Granja, do Torto. Nada de improvisos. Nada de amigos problemáticos. Que coisa chata. Novidade, só na política local. Finalmente hoje saberemos quem matou Lineu.

Quando tudo parecia definido, eis que ressurge Carlos Brito. E agora? O PPS parece que no lugar de política resolveu fazer um roteiro novelístico e concorre com a globo no quesito mistério. Quem matou Lineu?

Carlos Brito está assumindo um alto risco e não sei das suas chances reais. Sei que em política não podemos ficar mornos, sem assumir riscos. Vitórias e derrotas devem ser analisadas não em curto espaço de tempo, mas no que essa sua posição pode desencadear ao seu futuro político. Independente do resultado, ou do objetivo do Deputado, uma coisa não podemos negar, foi uma tacada de mestre e, se não colocou o partido em mais uma sinuca de bico, pelo menos mostrou a desorganização em que se encontra.

Emocionante! Em convenções, pode fazer Boca de Urna? Melhor deixar isso prá lá.

A inabilidade dos dirigentes do PPS na condução do processo político transformou o partido em uma grande agremiação acéfala ou, como disse meu amigo Onofre Ribeiro, como se o piloto tivesse sumido, mesmo com os seus maiores dirigentes, estadual e municipal, gozando de bons índices de aprovação.

Existe também a possibilidade de o PPS estar sofrendo uma mutação que o está transformando em um partido multicéfalo. Isso pode ser bom, pois dilui o poder em vários caciques, mas, pode também, criar um bicho de sete cabeças. Acredito que o partido sofrerá uma implosão após as eleições.

O efeito Cuiabá foi visto em outros municípios do estado. Com maior ou menor nitidez o PPS deixou o barco cheio de passageiros e alguns tripulantes, quando não sem piloto, sem rumo. E, como diria o nosso metafórico presidente: “não existe vento favorável quando não se sabe em que porto quer chegar”.

Para hoje a meteorologia não prevê nenhum tufão passando por Cuiabá, portanto, vamos aguardar o que essa turma vai decidir!

Lula, pelo amor de Deus, fale de improviso!!!

Adriana Vandoni Curvo é professora de economia, consultora, especialista em Administração Pública pela FGV/RJ.

E-mail: avandoni@uol.com.br




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