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Internacional
Sábado - 22 de Maio de 2004 às 20:11

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Soldados venezuelanos prenderam hoje o general da reserva Francisco Uson, ex-ministro das Finanças do país, acusado de conspirar contra o governo. Uson, que integrou por um curto período o gabinete do presidente Hugo Chávez antes de renunciar durante um golpe em 2002, foi preso em Puerto Ordaz, no sudeste da Venezuela, segundo o general da Guarda Nacional Alberto Betancourt.

Opositores dizem que Chávez, que acusa seus inimigos de recrutar paramilitares colombianos para tentar assassiná-lo, está usando uma suposta conspiração como pretexto para persegui-los e dissuadi-los da tentativa de organizar um referendo sobre o seu governo em agosto.

A polícia prendeu ao menos sete oficiais militares e vários civis desde nove de maio, após dizer ter descoberto mais de 100 colombianos sendo treinados na Venezuela para agir como uma força paramilitar anti-Chávez.

O governo apertou o cerco contra oponentes conhecidos dias antes de a oposição integrar o processo para verificar as assinaturas pedindo um referendo contra Chávez. Alguns líderes da oposição dizem que a prisão dos "paramilitares" foi montada pelo governo para desmoralizar seus críticos.

As verificações das assinaturas para o referendo, marcadas para entre 27 e 31 de maio, serão a última chance da oposição para obter o mínimo de 2,4 milhões de assinaturas válidas para exigir uma votação em 8 de agosto.

Betancourt disse que Uson, na oposição depois de ser forçado a se aposentar após o golpe de 2002, foi detido quando chegava a Puerto Ordaz vindo de Caracas. "Há uma ordem de prisão contra ele pelo caso dos paramilitares", afirmou Betancourt à Reuters.

Um pouco mais cedo no sábado, a polícia fez buscas na residência de um outro general da reserva, Nestor Gonzalez, acusado pelo governo de ligações no suposto plano paramilitar. Gonzalez, que não estava em sua casa em Caracas, liderou oficiais dissidentes contra Chávez em outubro de 2002.

Na sexta-feira, a polícia também fez buscas em um acampamento de turistas pertencente ao bilionário venezuelano Gustavo Cisneros, acusado por Chávez de conspirar para derrubá-lo. O magnata da mídia nega a acusação.




Fonte: Reuters

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