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Saúde
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 14:25
Por: Janaína Pedrotti

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As obras do Hospital Central em Cuiabá serão retomadas, segundo afirmativa do governador Blairo Maggi, durante a inauguração do Parque Estadual Massairo Okamura. Maggi confirmou o investidos R$ 20 milhões, em infra-estrutura e aquisição de equipamentos para a unidade. Com edificação iniciada há 20 anos, mas, paralisada há mais de 10, agora a PGE (Procuradoria Geral do Estado) precisa autorizar a retomada do processo, já que a empreiteira responsável pela construção, de propriedade do ex-prefeito Anildo Lima Barros, tem ações contra o Estado.

A confirmação referente à retomada do projeto de construção do Hospital Central foi feita ontem pelo governador, durante parte das comemorações do aniversário de Cuiabá, em seu discurso de inauguração do Parque Estadual Massairo Okamura.

Segundo Maggi, está em andamento um entendimento do governo com a empreiteira. “Entramos em contato com eles, e houve um comprometimento em retirar as cobranças que efetuaram contra o Estado. No entanto, para retomarmos o trabalho, a PGE tem que se posicionar”, lembrou Maggi.

O Hospital Central começou a ser construído em 1984 e até hoje não foi concluído. Em 1988, as obras foram paralisadas no governo de Carlos Bezerra. Posteriormente, no segundo mandato do governo Dante de Oliveira, a proposta foi retomada, mas o projeto foi reestruturado e o término da obra foi orçado em cerca de R$ 20 milhões.

Com uma área construída de 15 mil metros quadrados, a proposta apresentada na reestruturação previa 136 leitos, sendo seis para UTI infantil e 31 para internação pediátrica.

O estabelecimento de saúde foi concebido para dar atendimento de média complexidade, com serviços de internação, cirurgia, obstetrícia e pediatria. “Hoje tratamento de alta complexidade acaba tendo que ser feito por hospitais de outros Estados, por falta de estrutura interna. Mas nossa proposta é estruturar o Hospital Central para que possamos fazer isso aqui”, afirmou Maggi, em sua fala.

Reunião de Secretariado: Blairo Maggi determinou também o afastamento temporário de secretários e presidentes de autarquias e órgãos públicos estaduais que pretendam participar ativamente do processo eleitoral de 2004. O aviso aconteceu na quarta-feira, durante reunião com todos os secretários.

“Solicitei a todos aqueles que queiram subir ao palanque várias vezes, enfim, participar pessoalmente da próxima eleição requererem desligamento do governo”, afirmou, ontem, Blairo Maggi.

Segundo o governador, o licenciamento seria temporário, apenas para garantir que as atividades do governo não sejam prejudicadas. “Após esse período eleitoral, todos os licenciados poderão retornar normalmente”, garantiu Maggi.

Sobre os nomes que deverão assumir as vagas em aberto, no licenciamento dos secretários e presidentes de órgãos estaduais, o governador explicou que ainda não há definição.

O secretário de Estado de Esportes e Lazer, Baiano Filho, foi lembrado por Maggi como um quadro que deverá deixar o governo, em função da campanha eleitoral. “Como ele tem interesse em participar ativamente do processo eleitoral em Sinop, acredito que deve ser um dos que optarão pelo afastamento, mesmo que temporário”.

Outro nome, citado por Maggi, foi o seu secretário de Meio Ambiente e presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente, Moacir Pires. Irmão do empresário e pré-candidato à prefeitura de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda (PFL), o governador lembrou que caso a disputa seja confirmada, a pasta de Meio Ambiente deverá ter seu comando trocado.

De acordo com o governador a proposta é evitar que as atividades do governo sejam alteradas em função da movimentação eleitoral.

Orçamento:Maggi também revelou que o encontro com o secretariado serviu para redirecionar os gastos da administração. “Caso não haja remanejamento no orçamento, o défict no Estado será de R$ 240 milhões”, afirmou o governador.

Em função da queda na arrecadação do ICMS, prevista pela Secretaria de Fazenda (Sefaz), nem mesmo a previsão de suplementação orçamentária para os poderes deverá ser efetivada. “Com este novo quadro, a proposta de aumento no repasse estadual, fica inviabilizada, já que o acréscimo estava restringido ao aumento da receita”, lembrou Maggi.




Fonte: Folha do Estado

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