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Nacional
Quinta - 01 de Abril de 2004 às 15:47

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As investigações realizadas pela Polícia Federal sobre o caso Waldomiro Diniz estão suspensas até que a Justiça decida se acata a denúncia do Ministério Público Federal contra o próprio Diniz, dirigentes da Caixa Econômica Federal, o consultor Rogério Buratti, e representantes da Gtech, empresa que opera o sistema de loteria no país. A informação é da assessoria de imprensa da Polícia Federal.

Segundo a assessoria, o delegado responsável pelo caso, Antônio César Nunes, retomará as investigações caso a Justiça considere os elementos da denúncia oferecida pelo Ministério Público inconsistentes.

Os acusados teriam cometido gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, sonegação de documentos, corrupção ativa e passiva e concussão durante a renovação do contrato da Caixa com a Gtech.

O Ministério Público também denunciou o empresário do ramo de loterias Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No entanto, o procurador Marcelo Serra Azul sugere a redução da pena, uma vez que Cachoeira teria colaborado com as investigações.

Com a suspensão das investigações, os próximos depoimentos a serem tomados pelo delegado foram cancelados, de acordo com a assessoria da PF. Amanhã, seriam ouvidos Rogério Buratti e a esposa dele, Elza Siqueira, além do advogado Enrico Gianelli.

Fontelles pede inquérito contra subprocuradores

O procurador-geral da República, Cláudio Fontelles, pediu a abertura de investigação contra os subprocuradores José Roberto Santoro e Mário Lúcio de Avelar e contra o procurador Marcelo Serra Azul, na Corregedoria-Geral da República. Os três são suspeitos de violar o Princípio do Promotor Natural, por ultrapassarem suas competências.

O pedido se deu em função da divulgação de uma gravação pelo Jornal Nacional, da TV Globo, onde Santoro toma depoimento extrajudicial do banqueiro de bicho Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, dono de casas de jogos no pais, investigado por suspeita de dar propina ao ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz. Santoro tentava conseguir de Cachoeira a fita de vídeo na qual o ex-assessor da Presidência da República pedia dinheiro para campanhas políticas.

Fontelles questionou a velocidade da tramitação do depoimento no Ministério Público. "Eles tomam depoimentos num sábado e na segunda-feira chega no Rio de Janeiro nas mãos de um procurador-regional da República. Então eu pergunto: como é que isso tramitou do sábado para a segunda-feira? Um deles deve ter levado [o depoimento] debaixo do braço", suspeita.




Fonte: Redação/Terra

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