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Cidades/Geral
Sexta - 18 de Abril de 2014 às 23:14
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Aproximadamente 30 empresários estabelecidos na avenida da FEB, em Várzea Grande, fizeram um protesto em frente a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), na manhã de ontem (17). Com os transtornos causados pelos atrasos das obras na avenida, que já duram mais de dois anos, as empresas têm acumulado prejuízos e demissões. 

As principais intervenções na avenida são as obras de mobilidade urbana, relacionadas ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que havia sido projetado para melhorar o fluxo durante o Mundial. O contrato firmado com o Consórcio VLT assegurava que a obra seria concluída até o mês de março de 2014. Contudo, sequer os trilhos foram instalados. 

O governo já admitiu que o projeto não vai ficar pronto a tempo do mundial. A nova previsão é que ele funcione apenas em 2015. Porém, os empresários temem que a situação sequer seja concluída. 

De acordo com o empresário Luciano Nabarrete, dono de uma loja de materiais elétricos, a falta de transparência e cronograma é o que mais incomoda. “Um dos problemas é que eles não concluem nenhum pedaço. Retalharam a avenida em diversos trechos, mas sem terminar nenhum. Tem loja quase falindo e outras que já demitir boa parte dos funcionários. O pior é que todo dia muda o prazo de entrega e nós ficamos sem saber o que fazer”. 

Alexandre Tessarolo, titular de uma empresa de materiais para irrigação, contou que nem mesmo ele, que é dono do empreendimento consegue acessar a loja, por causa do entrincheiramento da avenida. “Tem um buraco gigante aqui na frente, se nem eu consigo chegar imagina os clientes. Quem que vai querer pular um morro para entrar aqui? O pessoal de Cuiabá nem quer mais vir para Várzea Grande”. 

Tessarolo disse que em alguns momentos o faturamento caiu mais de 50% e ele já teme pela seguridade financeira do estabelecimento, que emprega seis funcionários. “Já usei todas as minhas reservas, daqui a pouco não teremos outra solução a não ser demitir e abrir concordata.” 

Como não foram recebidos pela Secopa, os comerciantes estão organizando novas manifestações e estudam um projeto de ação coletiva contra o estado. 

A assessoria da Secopa informou que irá receber os comerciantes em uma agenda a ser definida com o secretário Maurício Guimarães. Segundo a assessoria, desde novembro de 2012, um Comitê de Integração Empresarial, realizado com os comerciantes dos locais afetados pelas obras, se reúne semanalmente na Secopa para apresentar projetos, obras e ações. Porém, Várzea Grande ainda não enviou representantes. 





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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