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Internacional
Sábado - 19 de Abril de 2014 às 09:46

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Autoridades da Coreia do Sul começaram a solicitar neste sábado (19) amostras de DNA dos parentes das vítimas do naufrágio da balsa “Sewol”, para que os corpos resgatados possam ser identificados. O pedido não foi bem aceito por alguns dos familiares, que se negaram a ajudar ao considerar que o processo não seria de utilidade para salvar seus entes queridos.

Até este sábado, 30 corpos haviam sido recuperados, mas mais de 270 pessoas ainda eram dadas como desaparecidas. lém disso, sobreviveram até o momento 174 pessoas das mais de 470 que estavam a bordo.

Os parentes protagonizaram cenas de angústia e desconsolo ao observar como o último fragmento do casco da balsa que estava visível afundou.

Apesar disso, muitos ainda mantêm as esperanças, e pedem maiores esforços no resgate ao considerar que talvez seus filhos, irmãos ou netos ainda estejam respirando em uma bolsa de ar formada dentro da nave, mesmo mais de 72 horas depois do acidente.

Vários monges budistas, por sua vez, se reuniram para orar pelos desaparecidos no porto de Jindo, onde está a base dos serviços de resgate.

Capitão preso

O capitão e outros dois membros da tripulação foram presos na madrugada de sábado, ainda sexta-feira (18) no horário do Brasil. Lee Joon-Seok, capitão da embarcação, enfrenta cinco acusações, incluindo negligência e violação do direito marítimo.

Promotores acreditam que tanto o capitão como os dois tripulantes infringiram a lei ao saírem do barco no início do resgate, sem levar em conta a segurança da maioria dos passageiros.

Um suboficial, e não o capitão, pilotava a balsa no momento da tragédia em águas sul-coreanas há dois dias, informou a Justiça nesta sexta-feira (hora local).

"Era o terceiro-tenente que estava no comando no momento do acidente", declarou o procurador-geral Park Jae-eok, em entrevista coletiva. "O capitão não estava no leme", revelou.

Violentamente criticado pelas famílias dos desaparecidos por abandonar a embarcação quando centenas de passageiros estavam presos, o capitão Lee Joon-seok estava "na popa", acrescentou o procurador.

As causas do acidente ainda são desconhecidas. Vários passageiros disseram ter ouvido um forte ruído, quando a balsa parou de repente. Isso pode significar que o barco encalhou, batendo no fundo, ou que se chocou contra algum objeto submerso.

Alguns especialistas também sugerem que a carga da balsa , que transportava 150 veículos, tenha se deslocado e desequilibrado a embarcação. O capitão garantiu que não bateu em rocha alguma.

Cercado pela imprensa na sede da Guarda Costeira, ele pediu desculpas nesta quinta. "'Sinto muito, de verdade, pelos passageiros, pelas vítimas e pelas famílias", declarou.

As investigações sobre o naufrágio, o pior acidente marítimo da Coreia do Sul em 21 anos com base em possíveis vítimas, têm-se centrado sobre a possível negligência da tripulação, problemas com a estiva da carga e defeitos estruturais do navio, embora a embarcação tenha passado todas as suas verificações de segurança e de seguros.





Fonte: Do G1

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