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Quinta - 22 de Maio de 2014 às 15:10

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Danilo Bezerra/Olhar Direto

Uma visita emergencial do prefeito Mauro Mendes (PSB) à Câmara de Vereadores de Cuiabá, na manhã de quarta-feira (21), conseguiu evitar que ele virasse alvo de críticas e ataques políticos nesta quinta-feira (22), durante a primeira sessão ordinária realizada após o gabinete da Prefeitura e a casa do peessebista terem sido alvos de busca e apreensão da Polícia Federal, durante a quinta fase da Operação Ararath.

O encontro "fora de agenda" entre prefeito e vereadores na Câmara teve como propósito apresentar as declarações de imposto de renda de Mauro Mendes, nas quais consta o empréstimo feito junto ao empresário Júnior Mendonça – suspeito de operar uma espécie de banco clandestino em Mato Grosso.

A visita do prefeito não apenas conseguiu apaziguar os ânimos do Legislativo Municipal como também manteve unida a base no parlamento. O vereador Onofre Junior (PSB) abordou o assunto da tribuna e reconheceu que a operação deixou a classe política em pavorosa, mas questinou os métodos da Polícia Federal. “Não podemos tirar o valor da operação, mas fazemos apontamentos. Por que não verificaram antes as declarações de imposto de renda do prefeito onde está tudo discriminado?”, questionou.

O vereador Allan Kardec (PT), que faz oposição ao prefeito afirma que a situação de Mauro Mendes na Câmara é confortável apesar da investigação. Entretanto, o parlamentar alega que disposto a acompanhar passo a passo das investigações.

Já o presidente da Casa de Leis, Júlio Pinheiro (PTB), chegou a parabenizar Mendes pela postura adotada após a busca e apreensão. “Quem não deve não teme”, frisou Júlio, ao dizer que Mauro procurou o parlamento sem que precisasse ser convocado.

Mauro na Ararath

O prefeito Mauro Mendes (PSB) teve sua casa e seu gabinete no sétimo andar da Prefeitura de Cuiabá devassados pela PF na última terça-feira (22). Ele é investigado por ter recebido de Júnior Mendonça R$ 3.450.00,00 no mês de outubro de 2012, quando disputou o primeiro e o segundo turno e se elegeu Prefeito de Cuiabá. A PGR alega que existem fortes indícios de que o dinheiro foi emprestado de forma ilícita, ocultando a origem do recurso.

Os depósitos foram feitos em quatro transferências bancárias pela empresa Amazônia Petróleo na conta corrente de titularidade de Mauro Mendes. Após eleito, Mendes dispensou licitação para contratar a mesma Amazônia Petróleo por valor semelhante ao da dívida adquirida na campanha.

“Impende ressaltar que a empresa comercial Amazônia Petróleo foi contratada pelo município de Cuiabá em julho de 2013, precisamente na gestão de Mauro Mendes, com dispensa de licitação, havendo o contrato celebrado no valor de R$ 3.700.00,00, inteiramente compatível com o valor do empréstimo antes mencionado”, afirma trecho da decisão do ministro Dias Toffoli, que autorizou a busca e apreensão na casa do prefeito e no gabinete da Prefeitura.

Em nota oficial divulgada, após a busca e apreensão, a Prefeitura confirmou a dívida de campanha, alegou legalidade, e garantiu que o prefeito ainda não quitou o débito. “Este empréstimo, ainda não liquidado, está devidamente informado por Mauro Mendes à Receita Federal nas suas declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física dos anos de 2012/13 e 2013/14. Portanto uma operação formal e transparente”.

A prefeitura também confirma a contratação da Amazônia Petróleo para o abastecimento de veículos oficiais, mas alega que a “contratação ocorreu pelo critério do menor preço e visou evitar a interrupção do abastecimento da frota de veículos da municipalidade, entre eles ambulâncias, caminhões e máquinas responsáveis pelas obras e limpeza da cidade, entre outros, uma vez que não foi possível concluir licitação convocada anteriormente para este fim”.





Fonte: Olhar Direto

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