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Quinta - 24 de Julho de 2014 às 11:01

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Eder Moraes, de camisa listrada, é escoltado por agente da PF
Eder Moraes, de camisa listrada, é escoltado por agente da PF

O ex-secretário de Fazenda e da Casa Civil de Mato Grosso, Éder Moraes, passou a última noite na mesma cela que o ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde do estado, Pedro Henry (PP-MT), condenado à prisão por envolvimento no Escândalo do Mensalão, no Centro de Custódia de Cuiabá.

Nesta quinta-feira (24), ele deverá acompanhar os depoimentos das testemunhas no processo em que ele, a mulher dele, Laura Tereza Dias, e mais duas pessoas são acusados de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e fraude.

Ele acordou cedo. Às 6h30 [horário de Mato Grosso] já estava de pé. Tomou café da manhã. O cardápio é o mesmo oferecido aos demais presos: pão com manteiga e café com leite, segundo informações da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

Ele poderá receber a visita dos filhos e dos advogados que atuam no processo que tramita na 5ª Vara Federal em Mato Grosso. A Justiça o proibiu de manter contato com a mulher dele por ela também ser ré no processo.

Éder Moraes, preso há dois meses pela Polícia Federal durante a Operação Ararath, desembarcou em Cuiabá no final da tarde desta quarta-feira (23). Ele foi levado pela PF ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito e às 19h15 foi entregue ao diretor do Centro de Custódia de Cuiabá, Isaías Marques.

Ele foi autorizado a conversar por 10 minutos com o advogado dele, Paulo Lessa. Depois, foi para a cela, onde jantou carne, arroz, feijão e salada.

No quarto de 20 metros quadrados, com capacidade para acomodar cinco detentos, está somente ele e Pedro Henry, que está detido desde dezembro do ano passado após ser condenado a 7 anos e dois meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No local, tem um ventilador e uma televisão. Henry também foi secretário de estado do atual governo. Comandou a pasta da Saúde.

Segundo a Sejudh, a previsão era de que ele saísse logo de manhã e fosse levado para a sede da Polícia Federal. Éder está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele deve permanecer em Cuiabá por quatro dias para acompanhar os depoimentos.

Além de Éder e da mulher dele, o processo que tem como réus o ex-secretário-adjunto do Tesouro, Vivaldo Lopes, e o superintentendente do Bic Banco, Luis Carlos Cuzziol, um dos três presos durante a Operação Ararath. Foram presos Éder Moraes, Cuzziol e o deputado estadual José Riva (PSD). Os dois últimos conseguiram a liberdade e Riva registrou candidatura a governador do estado.

O superintendente da instituição bancária teria autorizado vários empréstimos à organização criminosa, supostamente intermediados por Éder, sem exigir nenhuma garantia de pagamento. As audiências estão marcadas para os dias 24, 25 e 31 de julho e 1° de agosto. Todas elas devem ser realizadas na sede da Justiça Federal, a partir de 13h30.

Ao todo, 34 testemunhas de defesa dos quatro réus devem prestar depoimento, sendo que 16 delas por meio de vídeoconferência porque moram em outros estados.

Os réus foram denunciados pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, dono de um banco clandestino que emprestava as contas bancárias de suas empresas para que fossem feitos empréstimos para a lavagem de dinheiro. Por ter colaboração com as investigações, Júnior Mendonça recebeu em troca a delação premiada.





Fonte: DO G1 MT

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