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Internacional
Sexta - 25 de Julho de 2014 às 08:06

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Atiradores expulsaram os investigadores do local da queda do avião da Malaysia Airlines e “lunáticos” ainda tornam a vida difícil para aqueles que querem descobrir o que derrubou o voo MH-17, disseram autoridades nesta quinta-feira (24).

Enquanto os ministros das Relações Exteriores da Austrália e da Holanda se reuniam com autoridades ucranianas para coordenar a investigação, o chefe do Serviço de Situações de Emergência da Ucrânia e o líder de uma missão da polícia holandesa afirmaram que seu trabalho no local está sendo dificultado.

A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa), entretanto, disse não ter havido incidentes e que receberam especialistas da Malásia e da Austrália, que perdeu 28 cidadãos no acidente.

O Ocidente pediu uma investigação meticulosa sobre a queda do voo MH-17 no leste da Ucrânia para fazer justiça às 298 pessoas mortas, mas expressou o temor de que os rebeldes estejam impedindo que os investigadores façam seu trabalho.

“Eles levaram as barracas que estavam na nossa base”, declarou Serhiy Bochkovsky, que chefia o serviço de emergências, em uma coletiva de imprensa na cidade de Kharkiv, no leste ucraniano, de onde os restos mortais das vítimas estão sendo enviados para casa.

— Só nos permitiram ficar com nosso equipamento e maquináreis, e fomos expulsos sob a mira das armas.

Bochkovsky não informou quando isso aconteceu.

O chefe da missão da polícia holandesa na Ucrânia, Jane Tuinder, também disse estar difícil ter acesso ao local para buscar mais restos das vítimas, a maioria holandesa.

“Mas o processo não terminou, ainda há restos no seu país e é muito duro chegar lá, porque há alguns, e não é politicamente correto dizê-lo, mas ainda há alguns lunáticos lá”, declarou Tuinder.

A Holanda assumiu formalmente a condução do inquérito sobre a queda nesta quinta-feira, depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade uma resolução criticando a derrubada do avião e exigindo que os grupos armados permitam “acesso seguro, completo e irrestrito” ao cenário da tragédia.

Colocar os holandeses a cargo da investigação criminal foi uma maneira de contornar a oposição da Rússia à resolução da ONU caso Kiev liderasse os trabalhos, disse a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.





Fonte: Reuters

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