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Ciência/Pesquisa
Sexta - 25 de Julho de 2014 às 20:43

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Reprodução / ucl.ac.uk

Uma pesquisa publicada no Journal of Biological Chemistry, realizada pelos cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), no Reino Unido, revela que partes da “sopa primordial” - constituição de matéria orgânica que teria dado origem à vida há bilhões de anos -, foram mantidas em nossas células até os dias de hoje.

A pesquisa revela como as células em plantas, fungos e provavelmente em animais, ainda são capazes de realizar algumas funções.

A teoria da ‘sopa primordial’, desenvolvida pelo bioquímico russo Aleksander Oparin, por volta de 1920, foi o resultado de um estudo aprofundado sobre a origem da vida. Ela sugere que a vida começou em um lago ou no mar, como resultado da combinação de metais, gases da atmosfera e algum tipo de energia, como um relâmpago, para fazer os blocos de construção das proteínas, que passaria a evoluir para todas as espécies.

A nova pesquisa mostra como pequenas organelas de uma célula - conhecidas como mitocôndrias - continuam a realizar reações semelhantes em nossos corpos até hoje. Essas reações envolvem ferro, enxofre e eletro-química, sendo ainda importantes para funções como a respiração em animais e fotossíntese em plantas.

“As células confinam algumas poucas químicas perigosas em compartimentos específicos”, disse Janneke Balk, pesquisador chefe dessa pesquisa, da escola de ciências biológicas da UEA e do John Innes Centre (JIC).

“Por exemplo, pequenos bolsões de uma célula chamada mitocôndria lidam com eletroquímica e também com o metabolismo de enxofre tóxico. Essas são reações muito antigas que estão relacionadas à origem da vida”, explicou Balk.

"Nossa pesquisa mostrou que um composto de enxofre tóxico está sendo exportado por uma proteína de transporte mitocondrial para outras partes da célula. O trabalho mostra que as partes da sopa primordial, onde a vida surgiu, foram mantidas em nossas células até hoje, de fato aproveitadas para manter reações biológicas importantes”, concluiu o pesquisador.

A pesquisa, financiada pelo Conselho de Pesquisa de Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC), foi realizada na UEA e JIC em colaboração com o Dr. Hendrik van Veen na Universidade de Cambridge.





Fonte: DailyMail

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