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Politica Brasil
Segunda - 15 de Setembro de 2014 às 17:49

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Especialistas avaliam que quem ganhar as Eleições 2014 para a Presidência da República deve enfrentar um ano economicamente difícil em 2015 e, por isso, cada candidato ao Planalto tenta provar que sua proposta de política econômica é a melhor solução.

No entanto, para a política macroeconômica, a proposta dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto são muito parecidas. Os candidatos Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) defendem o sistema de metas de inflação, a economia para pagar a dívida pública (superávit primário) e o câmbio flutuante.

São essas três diretrizes que caracterizam o tripé macroeconômico básico. E, nas propostas de governo apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tanto Aécio como Marina são claros na defesa da manutenção do tripé.

Já na proposta que apresentou ao registrar a candidatura, a presidente Dilma não usa o termo tripé macroeconômico, mas cita flexibilidade da taxa de câmbio, inflação estável e rigor da gestão fiscal como objetivos do governo.

De acordo com os economistas ouvidos pelo R7, a diferença entre as três propostas é mínima. O professor de economia da Unicamp (Universidade de Campinas) André Biancarelli chega a afirmar que os planos de Aécio e Marina para a macroeconomia são iguais.

Segundo ele, o projeto dos dois é guiado pela mesma diretriz. Até os nomes pensados para formar a equipe econômica, em caso de vitória, são os mesmos, explica Biancarelli.

— Os programas econômicos de Aécio e de Marina têm a mesma filiação, têm a mesma visão de mundo, a mesma visão de Estado dentro da economia, são muito parecidos mesmo. A Marina colocou no papel coisas que o PSDB não teve coragem de colocar.

No entendimento de Biancarelli, o programa macroeconômico de Dilma também é muito parecido com os dos concorrentes, com a diferença de que a presidente propõe um tripé “mais flexível”. Segundo o economista, o que difere as propostas é a intensidade do reajuste proposto na política fiscal (gastos públicos e carga tributária).

— A diferença é de intensidade e não exatamente de instrumentos novos. Ajustes nos gastos públicos serão feitos. É de se prever que uma vitória da oposição traria um primeiro ano bastante duro, com cortes de gastos, corte de despesas e corte de investimentos. Um segundo mandato da Dilma tende a continuar na prioridade atual, preservando a renda e o emprego e ser menos radical no combate à inflação.

Petróleo x economia verde

Para o economista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Carlos Eduardo Young, a maior diferença entre as propostas econômicas é de caráter estrutural. Segundo o especialista, o que muda são as prioridades do governo na hora de direcionar o investimento feito com dinheiro público.

De acordo com Young, um segundo mandato de Dilma manteria a política expansionista, de estímulo ao crédito, contando basicamente com os recursos que vão entrar por meio da exploração de petróleo.

— Se fizermos uma rápida análise de palavras-chaves, petróleo é um termo que se repete diversas vezes nas propostas apresentadas pela Dilma. É muito evidente que se pretende uma expansão do financiamento por esse setor. Seremos uma economia exportadora de petróleo e isso vai nos financiar — isso é o programa Dilma.

Por outro lado, Young, que é especialista em economia verde, avalia que o programa de Marina coloca a exploração do pré-sal em segundo plano porque tem o objetivo de investir em fontes de energia limpa.

— No programa da Marina, petróleo aparece uma ou duas vezes, sempre como a ressalva de que nós precisamos investir nisso, mas é preciso diversificar a matriz energética. A economia do baixo carbono está presente nos três programas, os três defendem, mas aparece com mais frequência no programa da Marina.





Fonte: Do R7

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