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Internacional
Segunda - 15 de Setembro de 2014 às 22:43

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Mulheres britânicas estão deixando o Reino Unido para se unir aos radicais do EI (Estado Islâmico) para colaborar com os combatentes na criação de casas de prostituição onde milhares de iraquianas estão sendo tratadas como escravas sexuais.

Uma fonte contou ao jornal britânico The Mirror que “essas mulheres estão usando uma interpretação bárbara da fé islâmica para justificar suas ações”.

— Elas acreditam que os militantes podem usar as mulheres da forma que quiserem, porque elas não são muçulmanas. É bizarro e perverso.

As milícias femininas atuam na cidade de Raqqa, no centro-norte da Síria, punindo mulheres não muçulmanas ou que se comportem de forma que desrespeite a interpretação radical que o EI tem da sharia, a lei islâmica.

Uma adolescente de 17 anos que está sendo mantida cativa pelo EI contou ao jornal italiano La Reppublica que estava sendo obrigada a servir de escrava sexual para os radicais junto a outras 40 mulheres, entre elas, uma menina de 12 anos.

“Eu imploro para que meu nome não seja publicado porque eu estou muito envergonhada pelo que eles estão fazendo comigo”, disse a jovem.

— Tem uma parte de mim que só quer morrer. Mas outra parte ainda tem esperança de que eu serei salva.

O contato entre a jovem e o jornal foi feito por meio de um aparelho celular, cujo número foi dado pelos pais dela, que estão em um campo de refugiados.

Os membros do EI têm realizado ataques na Síria e no Iraque e feito milhares de prisioneiros. Os homens são executados e as mulheres e crianças acabam se transformando em escravas do grupo para tarefas domésticas e sexuais.

As Nações Unidas divulgaram uma nota condenando as ações do EI contra as mulheres. O documento apontava que há evidências de que “estupros selvagens” estão sendo usados como arma de guerra contra mulheres e adolescentes, meninos e meninas, contra as minorias yazidi, cristã e turcomana, entre outras.

A especialista em Oriente Médio, Haleh Esfandiari, disse que o EI permite que seus membros abusem das vítimas capturadas como forma de recompensa.

Haleh escreveu para o Wall Street Journal que o EI “tem recebido uma considerável atenção do mundo pelas decapitações selvagens, execuções de soldados (...), mas as barbaridades contra as mulheres têm sido tratadas como um problema menor”.

— Para os homens do Isis [como também é conhecido o EI], as mulheres são uma raça inferior, para ser aproveitada sexualmente e descartada, ou para ser vendida como escrava.





Fonte: Do R7

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