Taques mostra que não é investigado na Ararath e admite briga judicial de suplentes
Alvo preferido dos adversários nessa reta final de campanha, o candidato Pedro Taques (PDT) usou o seu programa eleitoral e o Facebook, na noite de ontem (15), para responder a ataques dos candidatos José Riva (PSD) e Lúdio Cabal (PT). O primeiro apresentou uma suposta lista da Polícia Federal (PF) que aponta o senador pedetista como investigado. O segundo o acusou de não ter conseguido responder quem é hoje o seu primeiro suplente no Senado Federal.
No horário eleitoral gratuito, Pedro Taques apresentou certidões emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público Federal (MPF) e a própria PF, garantindo que não há nenhuma notícia crime ou inquérito envolvendo o seu nome, o de sua esposa, Samira Martins, ou do escritório dela, Gahyva Martins Advogados. Além de mostrar as imagens das certidões na televisão, forneceram os links das consultas nas redes sociais.
Rebatendo o programa eleitoral de Lúdio Cabral, que afirmou que o candidato da coligação ‘Coragem e Atitude pra Mudar’ não soube responder quem seria o seu primeiro suplente, Taques postou em seu perfil no Facebook um trecho da resposta no debate realizado ontem (15) pela Rádio Mix Cuiabá e Jornal Folha do Estado.
Na rádio, Taques admitiu que existe uma disputa judicial para saber a ordem correta entre seus suplementes, mas afirmou que, caso eleito, o policial federal José Medeiros, de Rondonópolis, assumirá o seu lugar no Senado. De acordo com o senador, um erro formal gerou todo a confusão.
Em 2010, o primeiro suplente era Zeca Viana (PDT), que desistiu do cargo para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Paulo Fiúza teria sido alçado então a primeira suplência, porém no TRE, a ata indicava que José Medeiros era quem ocupava a posição.
“O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) entendeu que o primeiro suplente é José Medeiros, um PF há 15 anos, de Rondonópolis. O segundo é o empresário Paulo Fiúza, também de Rondonópolis. Duas pessoas de bem, sérias. Existe sim uma disputa judicial, isso é absolutamente público, agora, o que eu, senador, tenho a ver com isso?, absolutamente nada, porque foi eu que comuniquei a respeito do equívoco e o TRE, em uma ação do PT contra a minha candidatura, disse que o PT não tinha razão”, explicou Taques.
Na televisão, o candidato ainda lembrou de sua trajetória como procurador da República, destacando a atuação em casos importantes. Em 1995, enquanto Procurador da República no Norte do Brasil, Pedro Taques começou a investigar Hildebrando Pascoal. Já em 1997, foi a vez do Caso Sudam. As investigações chegaram até o ex-presidente do Congresso Nacional, Jader Barbalho.
Em 2002, houve a Operação Arca de Noé, que marcou a prisão de um dos maiores chefes do crime organizado de Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro. Paralelamente, aconteceu a defesa da população Quilombola de Mata Cavalo, que sofria com o descaso do poder público.
Depois de tudo isso, Pedro Taques saiu do Ministério Público. Por que? Porque a política é um importante caminho de transformação da sociedade. E como senador, Pedro Taques conseguiu a provação do seu projeto de 2011, que insere a corrupção no grupo de crimes hediondos.
Nos últimos segundos do programa, Taques, representado por um porta voz, criticou a união dos concorrentes contra a sua candidatura. “Por que será que eles se juntaram? Por que será que eles mentem e atacam Pedro Taques de forma tão covarde para que Pedro não entre no governo? Do que eles têm medo? E agora, o que mais eles vão inventar? Qual a nova mentira que esse grupo do atual governo que se juntou vai dizer no próximo programa?”, questiona em mensagem oficial na TV.
“Candidatos do Silval: preocupem-se mais em mostrar suas propostas para melhorar o nosso estado e menos em atacar. Nós lutamos muito pela lei da Ficha Limpa e ninguém mais aceita esse jogo sujo no horário eleitoral. Por favor, respeitem as pessoas, as famílias. Vamos fazer uma campanha limpa”, conclui a mensagem do pedetista.
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