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Segunda - 22 de Setembro de 2014 às 15:36

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A empresa Mendes Júnior, responsável pela construção da Arena Pantanal, em Cuiabá, está sendo acusada, pelo Ministério Público Federal em Brasília, de ajudar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a forjar documentos para comprovar que ele teria dinheiro para bancar despesas pagas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a denúncia, Renan teve as despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira, que seria a Mendes Júnior, em troca de emendas ao orçamento. A denúncia por improbidade administrativa foi feita na 14ª Vara Federal do DF no último dia 2 deste mês. A acusação é de que o peemedebista teria enriquecido ilicitamente, ter evolução patrimonial incompatível com o cargo e de forjar documentos para comprovar que tinha dinheiro para bancar despesas pagas.

A ação, que foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, pede a Justiça que além de Renan, a empresa Mendes Júnior e o lobista Cláudio Gontijo passem a ser tratados como réus. A procuradoria da República ainda recomenda que o político perca o mandato, se for condenado pelos crimes descritos.

Há sete anos (2007), Renan foi acusado pela sua ex-amante, a jornalista Mônica Veloso, de usar dinheiro de Gontijo, da Mendes Júnio, para pagar suas despesas com a pensão da filha e o aluguel de um imóvel.

O MPF afirma agora que a Mendes Júnior pagou pelo menos R$ 246 mil para Mônica Veloso. Na época, os repasses foram confirmados pelos acusados, que alegaram que o dinheiro seria de Renan Calheiros. “Não é minimamente crível que o senador tivesse preferido sacar o dinheiro, entregá-lo ao requerido Cláudio para então repassá-lo à senhora Mônica, quando poderia tê-lo feito diretamente”, afirmam os procuradores no processo.

A maneira que um pagamento de uma dívida no valor de R$ 100 mil, referente ao pagamento de pensão alimentícia da filha, também não foi comprovada pelo senador de acordo com a ação. Ainda de acordo com a acusação, o ex-presidente do Senado, teria beneficiado a empreiteira com emenda ao orçamento nos anos de 2005 e 2006, ao sugerir o direcionamento de recursos para obras tocadas pela empresa no Porto de Maceió.

O Olhar Direto tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da empresa Mendes Júnior por telefone, porém, as ligações não foram atendidas. A reportagem ainda enviou um e-mail, mas até o momento da publicação desta matéria, não houve resposta.





Fonte: Olhar Direto

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