Soja tem recuo de 6,8% no mercado nacional e 4,79% no internacional, ante agosto

O preço da saca da soja em no mercado nacional apresentou queda de 6,8% em alguns municípios em Mato Grosso na variação mensal, em relação a agosto. Já no mercado internacional o recuo em setembro chegou a 4,86% no mercado futuro para novembro e de 4,79% para março de 2015. Ao comparar a cotação do bushel com setembro do ano passado a queda é de US$ 13,16 para US$ 9,29 na entrega para novembro.

Até o dia 26 de setembro Mato Grosso havia comercializado 96,13% da safra 2013/2014 de soja e 11,05% apenas da safra 2014/2015.

De acordo com o boletim semanal da soja, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a cotação da soja disponível segue na contramão da apresentada na média dos últimos cinco anos para o mês de setembro.

A soja em grão encerra o mês de setembro, no mercado interno, cotada em média a R$ 53,72. Em agosto deste ano fechou a R$ 56,43. Já em setembro de 2013 a R$ 59,05 e em 2012 a R$ 72,55, quando os Estados Unidos enfrentou quebra de safra.

“A demanda interna, responsável por manter os preços elevados em agosto deste ano, sinalizou recuo em setembro. Isso porque grande parte das indústrias esmagadoras já apresenta seus estoques abastecidos e, assim, reduziu a ânsia das compras imediatas. Além disso, a expectativa da conjuntura baixista da soja do próximo ano, também, já está sendo capaz de pesar sobre a cotação atual, fazendo com que a entressafra neste ano apresente condições bastante enxutas e atípicas para esta época do ano. Assim, a tempestade que estava assombrando os preços futuros chegou ao preço disponível, que até o último mês se apresentava bastante remunerador”, explica o Imea.

Nesta terça-feira (30) a soja no mercado internacional futuro iniciou cotada a US$ 9,17 o bushel com entrega para novembro, US$ 9,26 com entrega para janeiro de 2015, US$ 9,34 com entrega para março e US$ 9,42 com entrega para maio. A queda em relação a cotação verificada em 29 de setembro variou entre 6% e 6,5%.