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Sábado - 18 de Outubro de 2014 às 21:47

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O senador Pedro Taques (PDT), eleito governador no último dia 5, encontrará cerca de R$ 600 milhões em caixa quando assumir o comando do Palácio Paiaguás em 1º de janeiro. Do montante, entretanto, devem ser abatidos aproximadamente R$ 400 milhões que deverão ser destinados à quitação dos restos a pagar.

Diante disso, o pedetista terá a sua disposição apenas R$ 200 milhões. A informação é do secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf (PR), que ressalta o fato de os cofres públicos ainda contar com o dinheiro carimbado.

“Na verdade, ele deve receber com mais dinheiro em caixa, pois ainda temos a questão do Fundo de Apoio as Exportações (FEX). Além disso, também temos aquele dinheiro carimbado referente a repasses e convênios que deverão ser pagos. Tudo isso deve ser levado em consideração também”, pontua.

O republicano ainda frisa o fato de o governador Silval Barbosa (PMDB) não quitar os salários no mês de dezembro. De acordo com ele, toda a folha de pagamento será quitada no dia 28 de dezembro deste ano, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

No que diz respeito a dívidas, Nadaf garante que o novo gestor encontrará um governo mais enxuto em relação ao que eles encontraram em 2002, quando o atual senador Blairo Maggi (PR) assumiu o comando do Palácio Paiaguás no lugar do então governador Dante de Oliveira (PSDB).

Ele estima que Taques terá que desembolsar aproximadamente R$ 800 milhões por ano para pagamento de dívidas. O republicano afiam que entre os anos de 2010, 2011 e 2012, o governo pagou cerca de R$ 4 bilhões em dívida para o governo federal através de descontos obrigatórios dos repasses constitucionais. O montante equivale a uma média de 1,3 bilhão ao ano.

Com a reestruturação da dívida assinada com o Bank of America no valor de US$ 500 milhões, esses valores foram reduzidos para cerca de R$ 650 milhões. Diante disso, o futuro governo pagará entre R$ 700 e R$ 800 milhões ao ano, gerando uma economia de mais de R$ 500 milhões, ou 38% a menos do que Silval pagava quando assumiu o Estado.

Nadaf lembra que em 2003 Mato Grosso possuía uma dívida de R$ 5 bilhões e tinha um orçamento menor que R$ 2 bilhões por ano.

Hoje, entretanto, o Estado deve menos de R$ 7 bilhões e tem uma previsão de receita superior a R$ 15 bilhões. “Eram necessários recursos de três orçamentos para quitar o total devido, conforme o governo. O novo governador precisará apenas de seis meses de orçamento para quitar as dívidas”, compara.

O secretário ainda lembra que Taques terá disponível mais de R$ 2 bilhões em empréstimos aprovados e ainda não executados. “Além de capacidade de endividamento para novas operações graças ao trabalho feito pelo nosso governo e do ex-governador Blairo Maggi que tratou com lisura e transparência a coisa pública”, pontua.

Levantamento realizado pela Folha de São Paulo, com base na relação dívida/receita, aponta que o índice de endividamento caiu em 16 dos 27 estados brasileiros, se comparado a 2010.

Mato Grosso integra a lista dos entes federativos que conseguiram reduzir os débitos. Conforme a análise, o Estado saiu de 55% da receita em 2010 para 28% em 2014. Para o informativo diário, isto se deve à aplicação rigorosa da Lei de Responsabilidade Fiscal. 





Fonte: Do DC

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